A marchadora checa Anezka Drahotova foi apanhada num teste antidoping feito pouco antes de ela ganhar a medalha de prata no Campeonato Europeu em Berlim em 2018, disse o seu advogado.
O advogado Jan Stovicek disse que o Comité Antidoping Checo relatou discrepâncias no passaporte biológico de Drahotova e numa amostra positiva de urina.
“Uma substância de um grupo proibido de anabolizantes foi encontrada na sua amostra de urina, mas não há nenhuma palavra sobre o que possa ser a substância”, disse Stovicek. “Pedimos uma análise da amostra B e documentos do laboratório”, acrescentou.
Tomas Vavra, vice-presidente do Comité Antidoping, disse à imprensa checa que as evidências contra Drahotova eram “claras”.
A atleta de 25 anos, que também compete no ciclismo, venceu os 10 km de Marcha no Campeonato Mundial de juniores em 2014.
Ela ganhou a medalha de bronze dos 20 km no Campeonato Europeu sénior em Zurique, no mesmo ano, antes de ganhar a prata em Berlim, quatro anos depois.
Foi submetida ao teste antidoping em 31 de Julho de 2018, menos de duas semanas antes da prova de Berlim. “Estou chocada e não entendo. Não estou a dopar-me!” Drahotova disse num comunicado publicado pela imprensa checa.
Drahotova ainda não se classificou para os JO de Tóquio. “Espero que a Federação de Atletismo Checa a suspenda. Ela não poderá competir durante semanas ou talvez meses, então isso vai afetá-lá definitivamente na preparação para as Olimpíadas”, disse Stovicek.