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Início Running Atleta do Pelotão

Maria Areias/A voar da Força Aérea para o mundo dos Trails

Manuel Sequeira por Manuel Sequeira
2017-12-01
em Atleta do Pelotão, Destaque, Entrevista, Running
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Maria Areias/A voar da Força Aérea para o mundo dos Trails
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Maria Areias começou a correr na pista aos 13 anos e chegou a representar Portugal nas Jornadas da Juventude. Passados 14 anos, aderiu ao mundo dos trails com sucesso pois é a atual campeã nacional de trail.

Maria Isabel Justiniano Areias nasceu em 1985, em Aveiro. É militar na Força Aérea em Monte Real e Personal Trainner nos tempos livres.

Hoje, é bem conhecida no mundo do Trail mas a pista foi o seu primeiro habitat no mundo maravilhoso das corridas.

Maria Areias tinha então 13 anos e conta-nos como tudo começou: “Na altura, não havia telemóveis, os canais de televisão eram poucos, poucos brinquedos, jogava-se ao berlinde e sair de casa para ir aos treinos era uma boa desculpa para não ter de ajudar os meus pais nos trabalhos agrícolas. Nessa altura eu e a minha irmã fomos com a nossa vizinha ao primeiro treino e gostámos. Juntava muitos jovens, convivíamos e saíamos de casa. Aos fins-de-semana, íamos às provas de estrada. Era um mundo novo”.

14 anos na pista

O meu primeiro clube foi a Associação Desportiva Recreativa e Educativa da Palhaça (ADREP). A sua irmã acabou por abandonar mas Maria manteve-se. Começou a participar em provas na pista, a ganhar algumas delas e acabou por estar federada durante 14 anos. Correu os 400 metros barreiras e depois dedicou-se mais aos 800 metros.

Maria Areias 5“Foram anos muito bons, não me arrependo do tempo que dediquei ao atletismo, ganhei amizades para a vida, aprendi muito, cresci muito, aprendi a ser metódica e a organizar-me para ter tempo para treinar, trabalhar e estudar. Foi uma experiência de vida fantástica”.

Chegou a representar o país como juvenil nas Jornadas da Juventude em Múrcia. Acabou por deixar a pista há quatro anos por motivos profissionais.

“Na altura, estava a licenciar-me em Ciências do Desporto na Faculdade do Porto (FADEUP) e um amigo meu desafiou-me para experimentar o trail. Bem… desde aí adorei e nunca mais deixei o trail”.

Trabalho condiciona os treinos

Corre atualmente pela Oralklass – Amigos do Trail, clube situado em Valongo. Treina 5/6 vezes por semana, um pouco em função da sua disponibilidade e do seu trabalho.

Quando correu na pista, teve sempre um treinador. No trail e como é formada na área do treino físico, elabora ela própria os seus planos de treino. “O que tem desvantagens… nem sempre cumpro o que planeio”.

Maria AreiasO plano de treino semanal é elaborado em função da sua semana de trabalho. “Costumo dizer que o meu plano de treinos é um plano de treino de manutenção. Privilegio mais as sessões de reforço muscular e de propriocetividade para evitar lesões (já fui operada ao joelho e daí ter mais cuidado com esta questão). Faço natação e bicicleta para poupar o impacto nas articulações alternando com o treino de corrida. Em Aveiro, não tenho um monte para fazer treinos específicos e como os apoios nesta modalidade são poucos, acabo por treinar o sobe e desce, só mesmo durante as provas de trail”.

 

Estreia no Trail de Santa Justa, em Valongo

O Verão de 2013 assinala a entrada de Maria Areias no mundo do trail. “Bem o meu primeiro trail, nunca mais vou esquecer… Foi o trail de Santa Justa 20 km. Na altura, haviam poucos trails ainda… Fui com o meu amigo que me desafiou. Ele só dizia para eu ir ao ritmo dele. Ele tinha medo que eu não conseguisse terminar a prova devido à sua distância. Eu estava habituada a provas de 400 e 800 metros na pista”.

Maria lá foi com o seu amigo até ao último abastecimento. Ele quis parar para comer mas ela quis continuar a correr. Só parou na meta e venceu a prova com cinco minutos de vantagem para a segunda classificada. “Ganhei uns óculos e regressei a casa com um sorriso no rosto. Tinha adorado aquele desafio”.

“Deixo um apelo a todos os trailistas: sejamos honestos connosco próprios. Nunca se esqueçam do verdadeiro espirito do trail”

Corre-se demais e treina-se de menos

A nossa entrevistada participa em média em 8 a 10 provas por ano. Na sua opinião, a maioria dos atletas que andam no trail fazem provas a mais e treinam de menos. “O nosso corpo demora mais tempo a recuperar do que aquilo que sentimos”.

Maria Areias 6A sua distância preferida anda pelos 20 km. “Uma vez que não faço muitos quilómetros nos treinos e estes nunca excedem uma hora, sinto-me mais confortável e gosto mais de correr os trails mais curtos. Nestas distâncias curtas, não necessito de levar nada comigo. Só o relógio e pernas para correr”.

“A sensação de cruzar a meta duma maratona é inexplicável”

 

Preservar o verdadeiro espírito do trail

Elege duas provas como as suas preferidas: O GTSA organizado pelo Carlos Sá e o MIUT na Madeira. “Os percursos, a organização, a beleza, é tudo de excelência”.

Quanto ao trail que lhe deixou menos recordações positivas, diz-nos que todos eles são diferentes e todos têm aspetos positivos. O que menos gostou deveu-se à conduta anti desportiva duma atleta que presenciou durante a prova. “Não vou nomear a prova em questão. Deixo um apelo a todos os trailistas: sejamos honestos connosco próprios. Nunca se esqueçam do verdadeiro espirito do trail”.

“Eu cresci numa aldeia, os meus pais eram agricultores e por isso adoro andar perdida no meio da natureza”

Na estrada e na montanha

Maria Areias raramente corre na estrada. Fá-lo na meia maratona do Porto e na S. Silvestre do Porto. “Adoro correr pelas ruas frias do Porto, com as luzes de Natal a iluminarem o percurso. O público vem para a rua puxar pelos atletas, é um bom espirito. Natal para mim, tenho de fazer a S. Silvestre do Porto”.

Maria Areias 2Tirando estas duas provas, é no trail que ela se sente feliz. “No trail, não há a monotonia da estrada. Tens paisagens fantásticas, passas por vales de água, tens de ultrapassar obstáculos, tens de te agarrar a árvores, tens de subir e descer encostas que não têm fim, no trail és tu e a natureza. Há o desafio constante, e por mais que saibas a altimetria, nunca sabes o que vem a seguir ao certo. É esta aventura e incerteza que me fascina no trail. Eu cresci numa aldeia, os meus pais eram agricultores e por isso adoro andar perdida no meio da natureza”.

“A prova da maratona é uma experiência de vida fantástica e qualquer atleta deve fazer uma na vida!”

Maratona do Porto

Maria Areias correu uma vez a maratona na estrada. Foi no Porto em 2015, tendo concluído a prova em 3h29m. “A prova da maratona é uma experiência de vida fantástica e qualquer atleta deve fazer uma na vida! Eu treinei para essa prova, até deixei de fazer tantos trails nesse ano. No dia da prova, empolguei-me nos primeiros 21 quilómetros (típico da inexperiência) e acabei a maratona a sofrer um pouco. Mas a sensação de cruzar a meta duma maratona é inexplicável. Um dia quero voltar a fazer esta maratona”.

Momentos marcantes da carreira

A nossa entrevistada escolhe dois momentos. O primeiro, quando representou Portugal em juvenil nos 400 metros barreiras. “Vestir a camisola de Portugal, cantar o hino… foi uma honra!” Já no trail, o momento que mais a marcou foi o MIUT onde correu a distância da maratona e foi a terceira sénior. “Numa prova internacional, numa distância onde não me sinto à vontade, fiquei muito feliz com a classificação”.

“Acho que para as condições que temos, até fazemos muitos campeões”

Projetos futuros

Projetos não faltam a Maria Areias. Tem dois a curto prazo: defender o título de campeã nacional de trail e participar no Mont Blanc. “Este ano, também consegui fazer os pontos para ir à meca do trail, a Mont Blanc. Vou a sorteio no OCC. Se conseguir ser sorteada, no próximo verão estarei por lá!”

Num futuro mais longínquo, tem o sonho de, como qualquer atleta, representar a seleção nacional, apesar de no trail a seleção ser constituída apenas por atletas de distâncias ultra.

Maria Areias 3Fora do trail e ainda no desporto, pretende experimentar o triatlo e continuar a dar treinos, tanto na vertente de condição física como na vertente de treinadora de atletismo. A longo prazo, pretende tirar uma pós graduação numa área ligada ao desporto.

Quando lhe perguntámos até quando pensa correr, foi pronta na resposta: “É a pergunta mais fácil de responder, até ser velhinha! Não me consigo ver na vida sem desporto. O desporto é a minha forma de estar na vida, por isso quando vejo os veteranos a correr, imagino-me eu daqui a uns bons anos”.

Mas e se não estivesse no atletismo, que modalidade gostaria de ter seguido? Futsal. Quando era mais nova, ainda teve uma época no futsal e no atletismo ao mesmo tempo.

“No Campeonato de Trail, falta uma classificação coletiva separada para os dois sexos”

Futuro sombrio para o atletismo

Maria não vê um futuro muito animador para a modalidade. “Eu já vivo no atletismo há muitos anos e infelizmente, tenho visto ‘as coisas’ a caírem… Cada vez há menos apoios, patrocínios, os treinadores nem sempre são pagos. Tirando casos como Nelson Évora, Sara Moreira e outros nomes do topo, o atletismo em Portugal vive do amadorismo e da boa vontade dos que amam a modalidade. Acho muito sinceramente que para as condições que temos, até fazemos muitos campeões”.

“Temos um Portugal maravilhoso com serras fantásticas para serem descobertas pelos trailistas”

Há muito a melhorar nos Trails

Já quanto ao trail, Maria mostra-se mais animada. “Vi nestes quatro anos um crescimento enorme. Já temos uma organização – a ATRP, que organiza o Campeonato Nacional e a Taça”.

MNo entanto, comparando com organizações de outros países, diz-nos haver ainda muitos aspetos a melhorar. Há que ser-se mais profissional e empenhar mais pessoas nas provas. “O que assisto com frequência nos trails, é não ver ninguém da organização durante muitos quilómetros. Há percursos em si muito difíceis e perigosos. Cruzarmo-nos com estradas sem ter a GNR a controlar o trânsito, é não ver nem ter apoio dos bombeiros nas provas. Depois as organizações querem ganhar muito e muitas vezes não limitam as inscrições o que leva à confusão total no início das provas”.

Refere ainda a necessidade de as organizações divulgarem os trails nas populações por onde a prova vai passar e lugares adjacentes. “Ao envolverem as populações no evento, os atletas agradecem haver público, a população e o comércio local ganham, ou seja, todos ficam a ganhar”.

No Campeonato Nacional de Trail, refere-nos a falta de uma classificação coletiva separada para os dois sexos, tal como acontece nos campeonatos de pista e estrada.

Lembra ainda a necessidade de haver regulamentos exequíveis e transparentes, com mais controlo sobre os atletas. “Há muito trabalho a fazer porque neste momento, temos muitas pessoas a praticarem a modalidade mas falta muita informação e formação. E temos um Portugal maravilhoso com serras fantásticas para serem descobertas pelos trailistas”.

“Correr na natureza é o meu anti-stress. Recarrega as minhas ‘baterias’ para mais uma semana de trabalho!”

A liberdade no mundo das corridas

Maria Areias adora correr na natureza. “É a liberdade que a corrida me devolve. Correr na natureza é o meu anti-stress. Recarrega as minhas ‘baterias’ para mais uma semana de trabalho! Sim venho do monte cansada, mas ‘leve’ e feliz”.

Também gosta de se superar a si própria! “Há sempre mais para lá daquela corrida, para lá daqueles quilómetros e daqueles trilhos”.

Finalmente, a questão social associada ao desporto. “Todas as amizades que se fazem no mundo do desporto. É sempre um reencontro de amigos e conhecidos em cada trail”.

Adepta da alimentação paleolítica

Faz exames médicos de rotina todos os anos, não só pela questão do desporto mas também pela sua condição de militar.

Maria Areias 4Quanto a lesões, elas não a visitam muito. “Faço todo o trabalho de reforço muscular para evitar lesionar-me e estar parada. Recentemente, fiz uma entorse no joelho onde já fui operada. Condicionou-me as provas do campeonato, mas felizmente recuperei bem e consegui acabar e ganhá-lo”.

A nível alimentar, toma as devidas precauções, evitando comer fritos e açúcares processados. Não bebe leite e sempre que é ela a cozinhar, adota uma alimentação paleolítica. “Na minha opinião, nós somos aquilo que comemos e gosto de comer bem e saudável. Não resisto ao chocolate preto que anda sempre comigo!”

“É na minha mãe que penso quando vou a correr. Ela é o meu ídolo”

Cortar a meta em sentido contrário!

Estórias não faltam a Maria Areias. Conta-nos duas, a primeira passada no Trail de Santa Iria. “Ia tão distraída que quase no fim da prova, faltava um quilómetro para terminar, eu e mais um grupo de atletas que ia comigo, enganámo-nos nas fitas. Fomos dar uma volta maior e cruzámos a meta em sentido contrário. Ainda fui falar com a organização mas fui desclassificada. Na altura, fiquei triste mas agora recordo a situação a rir-me”.

A outra estória passou-se numa prova onde se enganou na hora da partida. “Cheguei muito atrasada e a entrar de frente para a partida. Mandei o locutor não esperar por mim, agarrei no dorsal que um elemento da minha equipa tinha na mão e ouvi o tiro de partida. Depois durante a corrida, é que coloquei o dorsal na t-shirt. Ganhei a prova na mesma”.

A terminar, Maria Areias quis dedicar todas as suas vitórias à sua mãe. “É nela que penso quando vou a correr. Ela é o meu ídolo”.

 

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