A Organização da famosa corrida de montanha Sierre-Zinal, na Suíça, declarou Maude Mathys vencedora da edição de 2022, após a vencedora original, a queniana Esther Cesang ter acusado positivo num controlo antidoping.
A atleta queniana havia testado positivo numa prova em maio de 2022, mas a Agência Antidoping do Quénia (ADAK) não comunicou tal à Organização da Sierre-Zinal. Devido ao silêncio da ADAK sobre o assunto, Chesang foi autorizada a correr na Suíça.
A informação do seu teste positivo não foi divulgada até janeiro deste ano, meses depois de ela ter vencido a Sierre-Zinal.
Chesang tinha sido então primeira ao gastar 2h52m01s nos muito duros 31 km do percurso, com 31 segundos de avanço da suíça Mathys mas longe do recorde desta com 2h46m03s em 2021. Mathys terminou então em segundo lugar, a escassos 31 segundos de Chesang.
O escândalo de doping de Chesang foi um grande golpe para a Sierre-Zinal, já que ela juntou-se ao vencedor masculino original, o também queniano Mark Kangogo, com uma desqualificação retroativa também por doping.O título masculino foi atribuído ao espanhol Andreu Blanes após o teste positivo de Kangogo.
Embora Mathys tenha perdido a oportunidade de comemorar a quarta vitória consecutiva no final da prova, ela já aparece no livro dos vencedores como tetracampeã do evento.
A 50ª edição disputa-se em 12 de agosto com as inscrições a abrirem a 2 de abril.