O médico alemão Mark Schmidt, que ajudava atletas a fazer transfusões de sangue para melhorar o desempenho nas competições, foi condenado pelo tribunal de Munique a 4 anos e 8 meses de prisão.
Mark Schmidt foi a julgamento no ano passado antes de ser considerado culpado de 24 acusações, incluindo o uso de métodos de doping e fornecimento de drogas proibidas aos atletas.
Juntamente com a pena de prisão, o médico foi proibido de exercer a sua profissão durante três anos, além de uma multa de 158 mil euros.
O escândalo rebentou quase dois anos atrás, quando a polícia austríaca fez uma busca ao Campeonato Mundial de Esqui Nórdico, em Fevereiro de 2019, e prendeu vários atletas de elite, horas antes da prova.
Schmidt admitiu a sua culpa, mas insistiu que não tinha organizado uma rede de doping internacional, alegando que só respondeu à procura de atletas que solicitaram medicamentos para melhorar o desempenho.
Segundo a investigação, cerca de 40 bolsas de sangue e outros itens associados ao doping foram apreendidos durante a investigação na Alemanha.
O sangue terá sido levado para vários países, como a Alemanha, Áustria, Itália, Suécia, Finlândia, Estónia, Croácia, Eslovénia e o estado americano do Havaí.
Ele desculpou-se na semana passada por envolver outros quatro co-réus no escândalo, que receberam sentenças suspensas pelo tribunal. “ Segui o caminho errado, é tudo culpa minha”, disseSchmidt . “Lamento infinitamente ter arrastado os outros quatro para isto .”
Schmidt foi o primeiro médico ativo na Alemanha a receber uma sentença de prisão significativa por delitos de doping.