Noah Lyles derruba recorde que durava desde 2012 e pertencia a Usain Bolt
O meeting de Lausanne, integrado na Liga Diamante, proporcionou um excelente leque de resultados, merecendo particular destaque o norte-americano Noah Lyles nos 200 metros, o polaco Piotr Lysek na vara e o queniano Timothy Cheruiyot nos 1.500 metros, com novos recordes do meeting e melhores marcas mundiais da época.
Eis um pequeno resumo das provas:
Masculinos
200 metros
Tivemos quatro marcas abaixo dos 20 segundos (-0,1 m/s). Noah Lyles venceu em 19,50, derrubando o anterior recorde do meeting que durava desde 2012 e pertencia a Usain Bolt com 19,58. Os restantes sprinters abaixo dos 20 segundos foram o equatoriano Alex Quinonez (19,87) e os canadianos Andre de Grasse (19,92) e Aaron Brown (19,95).
Salto com vara masculinos
O polaco Piotr Lysek surpreendeu com um salto a 6,01 m, entrando assim para o clube restrito dos 6 metros e acrescentando 7 cm ao seu recorde pessoal. Obteve o melhor salto da época e bateu ainda o recorde do meeting que estava na posse do norte-americano Sam Kendricks com 5,93 desde Julho de 2017.
Nos lugares imediatos, ficaram Kendricks com 5,95 m, o sueco Armand Duplantis e o francês Renaud Lavilenie, ambos com 5,81. Pela negativa, tivemos o brasileiro campeão olímpico, Thiago Braz que não se classificou ao fazer três nulos a 5,41.
1.500 metros
Excelente prova com o vencedor, o queniano Timothy Cheruiyot a vencer em 3.28,77, melhor marca da época e recorde do meeting que pertencia ao argelino Ali Said-Sief com 3.29,51 desde 2001. Em segundo lugar, ficou o norueguês Jakob Ingebrigtsen com 3.30,16, novo recorde europeu de juniores e de sub-23.
110 m barreiras
Triunfo do espanhol Orlando Ortega em 13,05, com o norte-americano Daniel Roberts a ser segundo em 13,11.
800 metros
Dois atletas abaixo do 1m44s, ambos quenianos. Venceu Wyclife Kinyamal em 1.43,78, seguido de Cheruiyot Rotich com 1.43,93.
Salto em comprimento
Venceu o cubano Juan Echevarria com 8,32m, seguido do grego Miltiadis Tentoglu com 8,19.
5.000 metros
Domínio etíope com os três lugares no pódio. Venceu Yomif Kejelcha em 13.00,56, com Selemon Barega a ser creditado em 13.01,99. O suíço Julien Wanders foi o primeiro europeu ao ser 14º com 13.13,84.
Femininos
100 metros
Excelente triunfo da jamaicana Shelly Ann Frase-Pryce com 10,74 s (+0,2 m/s), deixando longe a britânica Dina Asher Smith com 10,91 e a costa marfinense Marie-Josée Ta Lou com 10,93. A holandesa Dafne Schippers foi a primeira europeia ao ser quarta com 11,04.
Lançamento do dardo
Venceu a alemã Christian Hussong com 66,59, seguida da australiana Kelsey-Lee barber com 65,63. A checa Barbora Spotakova foi terceira com 63,79.
Triplo salto
A colombiana Caterine Ibarguen com 14,89 superou a venezuelana Yulimar Rojas que saltou 14,82. Patrícia Mamona foi 10ª e penúltima com 14,94
Lançamento do peso
Triunfo da alemã Christina Schwanitz com 19,04 m.
400 metros
A barenita Eid Salwa Naser foi uma das duas atletas abaixar dos 50 segundos ao vencer em 49,17. Em segundo lugar, ficou a nigeriana Aminatou Seyni com 49,19.
Salto em altura
Domínio esperado da russa Mariya Lasitskene com 2,02 m, abaixo do seu melhor da época (2,06 em Ostrava, em 20 Junho). Em destaque, ainda a bielorrussa Karyna Taranda que ao saltar 2 metros, igualou o recorde nacional.
400 m barreiras
Triunfo da norte-americana Shamier Little em 53,73.
Faltou apenas referir que a marca de 3.30,16 do Jakob Ingebrigtsen é Recorde Europeu de Juniores (que já era seu com 3.31,18 em 2018) e de Sub-23 (que pertencia ao Rui Silva com 3.30,88 em 1999, apesar de o Reyes Estevez ter 3.30,87 não homologados como recorde).
Caro Arlindo,
Muito obrigado pelo acrescento.
Manuel Sequeira