Antes de Mo Farah ter anunciado a sua renúncia à Maratona de Londres, havia quem dissesse que poderia ser a última prova de Mo Farah da sua carreira. O próprio diretor da prova, Hugh Brasher, gostava que Farah terminasse a sua carreira em Londres mas também quer o atleta britânico adie a sua retirada.
Mo Farah,de 39 anos, não se comprometeu com o seu futuro antes da maratona de domingo na capital, com fontes próximas ao tetracampeão olímpico a referirem que ele poderia desistir se o seu desempenho falhasse na prova.
Farah, que perdeu para um corredor de segunda linha numa prova de 10 km em maio, já levantou estas dúvidas dizendo: “Se eu não posso competir com os melhores, por que me preocupar?”.
Mas Brasher é inflexível: Farah não deve ser ‘descartado’ e apontou o exemplo de Kipchoge que bateu o recorde mundial da maratona aos 37 anos no último domingo.
Questionado sobre a incerteza em redor do futuro de Farah, Brasher disse: “Acho que Eliud está a provar que as barreiras de idade que costumávamos pensar que existiam, não existem necessariamente agora.
“Uma má performance, um par de más performances, não significa que as pessoas devem descartar alguém.”
A prova de domingo é o compromisso final no atual contrato de Farah com a Organização da prova, mas Brasher já disse que ele terá uma vaga no futuro se o desejar. Ele tem ainda a esperança de que quando Farah se retirar, será na Maratona de Londres.
Ele disse: “Em primeiro lugar, a porta estará sempre aberta para Mo – ele é o maior atleta de resistência da Grã-Bretanha em número de medalhas de ouro olímpicas e medalhas de ouro no campeonato mundial.
“Paula Radcliffe despediu-se da alta competição na Maratona de Londres em 2015. Foi a despedida mais incrível que eu acho que a multidão britânica já foi capaz de dar a qualquer atleta. Eles saíram em massa. Quiando Mo decidir fazer a sua última maratona, adoraríamos que fosse em Londres. Acho que a multidão adoraria. Ele deve ser celebrado”.