O último dia do Mundial de Doha ficou igualmente marcado por excelentes resultados, em especial no comprimento, prova na qual a alemã Malaika Mihambo marcou grande superioridade, com três ensaios acima dos sete metros: 7,30 (melhor marca mundial do ano e recorde pessoal por 14 cm), 7,09 e 7,16. A ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk, com 6,92, e a nigeriana Esse Brume, com 6,91, completaram o pódio, à frente de Tori Bowie, a campeã mundial de 100 m em 2017.
Mais surpresas no dardo, prova na qual os alemães falharam por completo, na qualificação e na final. Johannes Vetter, o grande favorito, ficou-se pelos 85,37, na 3ª posição. Triunfo inesperado de Anderson Peters (Granada) com 86,89, seguido do estónio Magnus Kirt (86,21). O queniano Julius Yego fez três nulos…
Domínio africano (mas não completo nos 1500 m…) nas provas mais longas. Nos 1500 m, Timothy Cheruyot passou de segundo em 2017 a campeão, com 3.29,26, bem à frente (mais de dois segundos) do argelino Taoufik Makhloufi, campeão olímpico em 2012 e vice-campeão (de 800 e 1500 m) em 2016. Seguiram-se quatro europeus (!), com vantagem do polaco Marcin Lewandowski (3º com 3.31,46) sobre o júnior norueguês Jakob Ingebrigtsen (4º com 3.31,70) e dois britânicos a seguir.
Já nos 10000 m, o triunfo foi do ugandês Joshua Cheptegei, vice-campeão em 2017, com a melhor marca mundial do ano (26.48,36). Seguiram-se-lhe o etíope Yomif Kejelcha (26.49,34), duas vezes quarto nos 5000 m dos Mundiais de 2015 e 2017, e o queniano Rhonex Kipruto (26.50,32), a dias de completar 20 anos.
Boa superioridade de Nia Ali, vice-campeã olímpica, nos 100 m barreiras, que ganhou com 12,34, contra 12,46 de outra norte-americana, Kendra Harrison, e 12,47 da jamaicana Danielle Williams, campeã em 2015.
E, para terminar, mais duas (esperadas) medalhas de ouro para os Estados Unidos, nos 4×400 metros. Larga superioridade na prova feminina: 3.18,92 contra 3.21,89 da Polónia (recorde nacional) e 3.22,37 da Jamaica. E confirmação do favoritismo na masculina, com 2.56,59, nona marca mundial de sempre (todas dos Estados Unidos!), à frente da Jamaica (2.57,90) e da Bélgica (2.58,78), com dois irmãos Borlée a fechar a equipa.
E assim se fecharam os Mundiais de Doha, com grandes resultados mas uma localização polémica. Temas para um próximo balanço…