Tivemos um pouco de tudo nas cinco finais hoje disputadas em Budapeste. Apenas normalidade nos 400 m barreiras com a neerlandesa Femke Bol. Surpresas nos 100 m barreiras femininos e 400 m masculinos, suspense no salto em comprimento masculino e lançamento do martelo feminino.
Nos 100 m barreiras, a jamaicana Danielle Williams, de 30 anos, surpreendeu ao conquistar o título mundial em 12,43. As outras medalhas foram para a porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn em 12,44) e para a norte-americana Kendra Harrison em 12,46. Esta, ex-recordista mundial com 12,20, era a grande favorita depois de ter corrido a sua eliminatória em 12,24.
Danielle Williams já havia sido campeã mundial em Pequim 2015. A nigeriana Tobi Amusan, campeã mundial em Eugene recordista mundial com 12,12, desiludiu ao ser apenas sexta em 12,62.
Nos 400 m barreiras, a neerlandesa Femke Bol não deu hipóteses às suas adversárias ao vencer em 51,70, não muito longe do seu recorde europeu de 51,45 alcançado em julho, em Londres. Ela ficou com mais de um segundo de avanço da segunda, a norte-americana Shamier Little em 52,80 com a jamaicana Rushell Clayton a ser terceira em 52,81.
A tricampeã europeia, que havia começado mal o Mundial ao cair a poucos metros da meta na estafeta mista dos 4×400 m, reagiu assim muito bem ao infortúnio, conquistando o seu primeiro título mundial, depois de ter ficado com a prata em Eugene.
No lançamento do martelo, o Canadá voltou a superiorizar-se, quatro dias depois da surpreendente vitória de Ethan Katzberg. Agora, Camryn Rogers, de 24 anos, medalhada de prata em Eugene, também conquistou a medalha de ouro graças a um primeiro lançamento a 77,22 m. Duas norte-americanas completam o pódio: Janee Kassanavoid com 76,63 m e DeAnna Price com 75,41 m.
No salto em comprimento, houve suspense até ao último salto quando o grego Miltiadis Tentoglou, de 25 anos, saltou 8,52 m e conquistou o seu primeiro título mundial. Campeão olímpico, Tentoglou abriu o concurso com um salto de 8,50 m. Mas passou para o segundo lugar depois de ser igualado pelo jamaicano Wayne Pinnock, de 22 anos, mas que tinha uma segunda melhor marca de 8,40 m contra 8,39 m do grego.
A medalha de bronze foi discutida entre mais dois jamaicanos, ambos também com saltos iguais a 8,27. O bronze foi conquistado no último salto por Tajay Gayle, campeão mundial de 2019, superando Carey McLeod que tinha como segundo melhor salto, 7,90 m contra 8,17 m de Gayle. Campeão mundial em Eugene, o chinês Wang Jianan terminou em quinto lugar com 8,05 m.
Nos 400 m, o britânico Matthew Hudson-Smith era o favorito depois de ter vencido a sua meia-final em 44,26, melhorando assim o antigo recorde europeu de Thomas Schonlebe, que datava do título mundial do alemão em 1987 com 44,33. Mas quem venceu a final foi o jamaicano Antonio Watson, de 21 anos, quem conquistou o seu primeiro título mundial em 44,22. Uma grande surpresa para quem foi campeão mundial de cadetes com apenas 15 anos em 2017. Hudson-Smith conquistou a medalha de prata em 44,31com o pódio a ser completado pelo norte-americano Quincy Hall em 44,37. O sul-africano Wayde van Niekerk, recordista mundial em 43,48, foi último com 45,11.
Na segunda meia-final dos 5.000 m, tivemos a participação do caboverdiano Samuel Freire, residente em Portugal e atleta do Vitória de Setúbal, classificando-se em 20º lugar com 14.07,38, novo recorde pessoal.
Amanhã dia 25, teremos apenas um português em competição e na parte da manhã. Leandro Ramos no lançamento do disco.