A Maratona do Mundial de Tóquio teve um resultado incrível, com o tanzaniano Alphonce Simbu a conquistar o título em 2h09m48s, superando o alemão Amanal Petros por três centésimos. O italiano Iliass Aouani completou o pódio a cinco segundos.
Simbu, de 33 anos, já tinha sido medalhado de bronze nos JO do Rio de Janeiro e no Mundial de Londres em 2017.
Durante muito tempo, os principais favoritos permaneceram agrupados no pelotão da frente, mas, ao 35º quilómetro, o grupo dianteiro começou a perder unidades. Primeiro com as desistências dos etíopes Tadese Takele e Deresa Geleta, depois com a desistência do anterior campeão mundial, o ugandês Victor Kiplangat.

Um grupo de cinco atletas permaneceu na luta pela vitória: outro ugandês, Abel Chelangat, Simbu, Petros, Aouani e o israelita Haimro Alame. Poucas centenas de metros antes de entrar no estádio, um trio composto por Simbu (que quase se enganou no caminho à entrada do estádio), Petros e Aouani assumiu uma ligeira vantagem, antes da incrível vitória ao sprint já mencionada, que deu à Tanzânia a sua primeira medalha de ouro na história do Campeonato Mundial de Atletismo.
Rui Pinto fez uma prova cautelosa terminando no 42º lugar em 2h19m50s. O cabo verdiano Samuel Freire, a viver em Portugal, ficou no 59º lugar com 2h27m26s.
Cortaram a meta 66 atletas e desistiram 22, entre eles, três etíopes.
Esta maratona também será lembrada pela falsa partida do queniano Vincent Ngetich, obrigando os árbitros a dispararem um segundo tiro de partida.