Três investigadores juntaram-se com o intuito de dar a conhecer como a música de que mais gostamos, pode ser usada para tratar insónias, atenuar o stresse e a ansiedade, melhorar o humor, aliviar a dor emocional ou ajudar as pessoas a lidarem com as mudanças que ocorrem nas suas vidas.
Para perceber exatamente qual é o poder da música e como devemos utilizá-lo, Galina Mindlin, professora assistente de psiquiatria na Universidade de Columbia e fundadora da Brain Music Therapy (BMT), teve oportunidade de ver este tratamento obter resultados muito positivos e começou a pensar como poderia tornar a BMT acessível a todos.
Os três investigadores chegaram à importante conclusão de que, com alguma orientação sobre o modo como a música pode ser utilizada para treinar o cérebro, as pessoas podiam usar as suas canções favoritas para otimizar a forma de pensar em situações específicas do dia a dia.
Música e cérebro
Galina Mindlin é perentória ao afirmar que “existem inúmeras evidências científicas que documentam os efeitos benéficos da música no bem-estar físico, psicológico e espiritual. A música afeta todas as partes do cérebro. Tem a capacidade de influenciar tudo, desde aquilo que pensamos e sentimos antes de adormecermos, até à forma como nos lembramos das coisas”.
Neste contexto, uma lista de músicas pode ser usada para modificar e reprogramar o modo como nos sentimos, estamos e atuamos. Devemos pensar como nos queremos sentir, estar e agir em determinado contexto. Por exemplo, numa reunião importante de trabalho. Imaginemos que, para si, o ideal seria estar mais tranquila. Deve selecionar uma sequência de músicas que a façam chegar a esse estado de espírito.
Ouça-as antes e após uma reunião. Ao fazer isso, vai enviar ao seu cérebro a mensagem de como se quer sentir em todos os cenários similares. Em pouco tempo, conseguirá chamar essa tranquilidade para essas situações particulares sempre que desejar, com ou sem a música.