(Foto FPA)
Foram uns campeonatos medianos os Nacionais de Sub’23 este fim-de-semana realizados em Braga. Não houve recordes dos campeonatos (embora tenha havido um recorde nacional de juniores) e houve diferenças entre os setores masculino e feminino. No masculino, foram melhores oito dos 14 campeões (incluindo o heptatlo, realizado aquando do Campeonato de Portugal), contra cinco piores e um igual (comprimento). No feminino apenas em cinco das provas, as campeãs fizeram melhor que as suas homólogas de há um ano, enquanto nove foram piores. Mais positivo o panorama quando comparamos os terceiros classificados: 2020 foi melhor que 2019 em oito provas masculinas (seis piores) e oito das femininas (cinco piores e uma igual).
Não houve recordes dos campeonatos e apenas Edson Gomes, com 6,96 nas barreiras se aproximou (a três centésimos) da marca de João Almeida em 2010. Manuel Dias no heptatlo (a 103 p.) e a equipa feminina de 4×400 m do Sporting (a 2,06 s) também não ficaram muito longe. Ao invés, na altura feminina a marca da campeã (1,61) foi a mais fraca de sempre (mas a atleta, ainda júnior de 1º ano, é a menos culpada…) e na vara feminina os 3,15 da campeã são a segunda marca mais fraca dos 16 anos de campeonatos.
OS MELHORES
– João Pedro Buaró (GD Estreito): Renovou o título de salto com vara (e ainda tem mais três anos como sub’23!) e bateu o recorde nacional de juniores de pista coberta, com 5,15, mais cinco centímetros que uma semana antes.
– Débora Quaresma (Sporting): Ainda júnior de 1º ano, continua a progredir bem e já vai em 14,28 no peso, sendo já a terceira júnior de sempre, a seguir a Teresa Machado (15,69) e a Sónia Grácio (14,33), ambas há cerca de 30 anos!
PROGRESSÕES NOS 10 MELHORES DE SEMPRE
Sub-23:
4º Manuel Dias SLB heptatlo 5450
5º Edgar Campre SLB heptatlo 5448
5º João Pedro Buaró GDE vara 5,15
7ª Catarina Queirós AJS triplo 12,72
8º Mykyta Sudasov SCP peso 16,05
Juniores:
1º João Pedro Buaró GDE vara 5,15
3ª Débora Quaresma SCP peso 14,28
8ª Daniela Amaro GDC 60 m 7,60
CURIOSIDADES
– Foi a primeira vez que estes campeonatos, que se realizam desde 2004, tiveram Braga como palco. Pombal recebeu-os nos últimos sete anos (de um total de nove) e Espinho foi o palco das cinco primeiras edições e, depois, mais duas em 2010 e 2012.
– Isaac Nader conquistou os títulos de 1500 e 3000 m, tal como na época passada, e já vai em três vitórias consecutivas na distância maior. E como ainda será sub’23 em 2021, poderá igualar os quatro títulos consecutivos conquistados por Marcos Caldeira no comprimento e no triplo, entre 2007 e 2010. Apenas António Vital Silva no peso (2006/2010) e Miguel Carvalho na marcha (2012/2016) conseguiram títulos de sub’23 em cinco anos consecutivos. Algo ao alcance de João Pedro Buaró…
– Para além de Issac Nader (1500 e 3000 m) e de João Pedro Buaró (vara), também renovaram os títulos da época passada, Gerson Baldé (altura), Paulo Martins (marcha), Manuel Dias (heptatlo), Carina Pereira (400 m) e Carolina Costa (marcha).
– “Bisaram” títulos, Isaac Nader e Mariana Machado nos 1500 e 3000 m e Catarina Karas nas barreiras e comprimento.
– Apenas oito dos 26 campeões individuais deixarão de ser sub’23 na próxima época. E seis dos campeões ainda são juniores, com destaque para Margarida Mota (altura), Débora Quaresma (peso) e Inês Pires (pentatlo), ainda juniores de 1º ano.
Subirão a sub’23, João Pedro Buaró (vara), Daniela Amaro (60 m) e Sofia Duarte (800 m). Nos 26 pódios estiveram um total de 22 juniores, mas destes, apenas dois são masculinos: João Pedro Buaró e Diogo Oliveira, terceiro na altura.
– Os pódios femininos de 800 m, altura e pentatlo tiveram apenas atletas juniores e, no caso do salto em altura, juniores de 1º ano.
– O Benfica, que conquistou o 16º título masculino (todos os campeonatos realizados!), somou 9 dos 14 títulos, contra 4 do Sporting e um do Estreito. No setor feminino, o campeão Sporting (6º título, 3º consecutivo) conseguiu 5 vitórias individuais, contra 3 do SC Braga, havendo nada menos de mais seis clubes que conseguiram títulos.