Sebastian Coe, alertou a Itália para não ficar do “lado errado da história” depois de um tribunal ter considerado inocente da acusação de doping, o marchador campeão olímpico Alex Schwazer.
Este tinha sido suspenso por oito anos pouco antes dos Jogos Olímpicos de 2016 por ter testado positivo para esteroides anabolizantes. O atleta nunca aceitou o resultado deste teste positivo.
A amostra colhida em 1 de Janeiro de 2016, deu inicialmente um resultado negativo, mas uma nova análise em Maio seguinte, revelou vestígios de produtos dopantes.
Schwazer já havia cumprido uma suspensão de três anos e meio por testar positivo para o estimulador de sangue eritropoietina (EPO) antes dos JO de Londres de 2012. Ele não contestou os resultados desse teste.
A Agência Mundial Antidopagem (WADA) suspendeu o italiano, vencedor dos 50 km Marcha nos JO de Pequim em 2008, com oito anos pela sua segunda infração.
Mas no mês passado, Schwazer ganhou o recurso do processo penal, com um juiz italiano a considerar que as suas amostras de 2016 poderiam ter sido alteradas.
“Rejeitamos resolutamente qualquer tentativa do atleta ou de qualquer indivíduo associado ao atleta de prejudicar ou procurar anular a decisão final do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS)”, disse Coe.
Citando o seu amor pela Itália, onde passou grande parte da sua carreira internacional como atleta, Coe, disse: “Não quero que a Itália fique aqui do lado errado da história. A Unidade de Integridade do Atletismo e a World Athletics defendem totalmente a posição que tomaram”.
“Não quero que o atletismo italiano seja contaminado. Só espero que as pessoas reconheçam que esta é uma questão importante e que a história seja cruel”.
Coe acrescentou que a World Athletics defendeu com sucesso o recurso feito por Schwazer no tribunal federal suíço, quando tentou uma revisão das conclusões do TAS.
“Vamos manter-nos firmes nisto e é importante que o façamos, não apenas para este caso individual, mas que continuemos a lutar pela causa certa”, disse ele.