Francine Niyonsaba e Caster Semenya, entre outras atletas, têm níveis elevados de testosterona que as impede de competir em provas entre os 400 m e a milha, a menos que sejam submetidas a tratamento para reduzir os níveis.
Ambas especialistas nos 800 metros, viram-se obrigadas a optar por outras distâncias.
Enquanto Semenya não conseguiu fazer os mínimos de qualificação nos 5.000 m para os JO de Tóquio, Niyonsaba foi mais bem-sucedida.
“Foi uma longa jornada. Fui abençoada por estar nos Jogos Olímpicos”, disse Niyonsaba. Em Tóquio, ela foi desclassificada na eliminatória dos 5.000 m e foi quinta na final dos 10.000 m.
“Tive muitas mudanças. Estou feliz por nunca ter desistido.” Agora com 28 anos, ela disse: “Desde que nasci, não tenho uma vida fácil e adoro desafios e enfrento-os com muita determinação e perseverança.
“Transformar 800 m em longa distância não é fácil. Nos Jogos Olímpicos, eram novos desafios, novas experiências, então fiquei feliz”.
Niyonsaba estava a treinar em Eugene, Oregon, como uma atleta ligada à Nike. Mas a sua mudança na distância, fê-la trocar Eugene pelo Quénia, assim que ela foi impedida de voltar a correr os 800 metros.
“Foi a decisão certa mudar-me da América para o Quénia porque eu sabia que o Quénia é o lar de campeões de fundo”, disse ela.
“Encontrar tantos atletas lá … Encontrar o Kipchoge de manhã, dá motivação!” disse ela, referindo-se ao recordista mundial da maratona, Eliud Kipchoge.