Terminou o sonho de Noah Lyles de ganhar quatro medalhas de ouro nos JO de Paris. Depois de ficar com a de bronze na final dos 200 m na noite de ontem, Lyles revelou que havia testado positivo para COVID-19 apenas dois dias antes. Como resultado, ele decidiu retirar-se dos Jogos e já não estar presente nas estafetas.
Na final dos 200 m, Lyles saiu do local de chamada com energia, provocando os seus concorrentes. No entanto, foi Letsile Tebogo a sagrar-se campeão olímpico com novo recorde do continente africano em 19,46 s. O norte-americano Kenny Bednarek levou a prata em 19,62, enquanto Lyles se contentou com o bronze em 19,70.
No último domingo, Lyles tinha ganho o ouro nos 100 m em 9,79. No entanto, quatro dias depois, ele revelou que se sentiu sem fôlego após a final dos 200 m, desmaiando e gesticulando por água antes de deixar a pista numa cadeira de rodas. Lyles explicou que acordou às 5 h da manhã de terça-feira a sentir-se muito mal. Fez testes depois e acusou positivo para COVID-19. Apesar de contrair o vírus, ele quis ir à final.
Lyles disse aos jornalistas que passou os últimos dois dias no seu quarto, a tentar manter-se hidratado e de quarentena.
Numa mensagem publicada após a prova no Instagram, Lyles deu os parabéns a Tebogo e Bednarek, reconhecendo que esta não foi a experiência olímpica que ele havia imaginado. Ele veio a Paris para ser o primeiro sprinter a ganhar quatro ouros olímpicos (100 m, 200 m, estafetas 4×100 m e 4×400 m). Agora, deixa os Estados Unidos sem o seu sprinter mais rápido. Lyles concluiu a postagem dizendo que acredita que a equipa ainda pode ganhar o ouro sem ele.
O jornal francês Le Monde tinha informado no mês passado que não há medidas preventivas obrigatórias contra a COVID-19 nos JO de Paris.