Dois atletas noruegueses estiveram em foco no 2º dia do Europeu de pista coberta, em Glasgow. Um, era inevitável: o júnior Jakob Ingebrigtsen, que ganhou os 3000 m e se prepara para nova vitória nos 1500 m de domingo. O outro, Karsten Warholm, conseguiu a melhor marca destes campeonatos (até agora) ao igualar o velho (de 1988) recorde europeu dos 400 m, ainda detido por um atleta da RDA, Thomas Schonlebe (45,05).
Curiosamente, os 400 m femininos também foram ganhos por uma especialista de barreiras, a suíça Léa Sprunger, que conseguiu a melhor marca mundial do ano (51,61).
Ao fim do 2º dia de provas, a Polónia tem três medalhas de ouro e uma de prata, contra duas de ouro, duas de prata e duas de bronze da Grã-Bretanha e duas de ouro e uma de bronze da Noruega. A Holanda soma quatro medalhas (0-1-3).
Vejamos como foram as sete finais do dia:
60 m (M): Vice-campeão em 2017, o eslovaco Jan Volko ganhou uma cerrada final, com 6,60, contra 6,61 do turco Emre Barnes e 6,62 do holandês Joris van Gool.
400 m (M): Grande final, com categórica vitória do norueguês Karsten Warholm, campeão mundial e europeu de 400 m barreiras e que agora igualou o velho (de 1988) recorde europeu (45,05) de Thomas Schonlebe, da antiga RDA. Longe ficaram o espanhol Oscar Husillos (45,66) e o holandês Tony van Diepen (46,13), num caso e outro, recordes nacionais.
3000 m (M): Era inevitável. O júnior norueguês Jakob Ingebrigtsen sagrou-se campeão, abalando na parte final numa prova lenta (7.56,15). O seu irmão Henrik não conseguiu o 2º lugar, perdendo sobre a meta face ao britânico Chris O’Hare (7.57,19 para ambos). Jakob deverá juntar o título de 1500 m este domingo…
Altura (M): Vitória folgada do italiano Gianmarco Tamberi, campeão mundial de pista coberta em 2016 e que igualou a sua melhor marca europeia desta época, com 2,32. Igualdade no segundo lugar, com 2,26, do grego Konstadinos Baniotis e do ucraniano Andril Protsenko.
Vara (M): O polaco Piotr Lisek, líder do ano com 5,93, parecia a caminho da vitória, ao “limpar” todas as alturas até 5,85, enquanto o seu compatriota Pawel Wojciechowski, campeão mundial em 2011, falhou a primeira tentativa a 5,85, prescindindo das duas outras para apostar nos 5,90… que passou à segunda, batendo o seu recorde pessoal (tinha 5,88 em pista coberta e tem 5,93 ao ar livre). O sueco Melker Jacobsson foi distante terceiro (5,75) e o grego Konstadinos Fillippidis começou a 5,45 e não se qualificou.
60 m (F): Vice-campeã há dois anos, a ainda bem jovem (21 anos) polaca Ewa Swoboda, líder europeia do ano com 7,08, ganhou claramente, em 7,09, contra 7,14 da holandesa Dafne Schippers e 7,15 da britânica Asha Philip.
400 m (F): A suíça Léa Sprunger, campeã europeia de 400 m barreiras em 2018, ganhou com a melhor marca mundial do ano (51,61) mas teve na belga Cynthia Mbongo uma inesperada (e cerrada) adversária, com um recorde nacional de 51,62. A holandesa Lisanne de Witte fechou o pódio, com 52,34.
O Karsten Warholm não igualou o recorde mundial, mas sim o recorde europeu. A nível mundial é “apenas” o 13º de sempre e 2º do ano.
Obrigado pelas chamadas de atenção.
Cumprimentos,
Manuel Sequeira
“ainda detido por um atleta da RDA, Thomas Schonlebe (45,04)”
Não é 45,04 mas sim 45,05.