No início deste mês, a Associação Europeia de Atletismo, com o acordo da IAAF, aprovou um relatório de uma comissão especialmente criada para proceder a uma profunda alteração na forma de homologação dos recordes mundiais (e europeus). As mudanças afectam:
– os recordes mundiais e europeus absolutos só poderão ser conseguidos em competições de alto nível previamente definidas, nas quais haja completa confiança;
– só poderão bater recordes atletas que tenham sido alvo de um determinado número de controlos antidoping (a definir) nos 12 meses precedentes;
– uma amostra da análise deve ser guardada de forma a poder ser novamente testada ao longo dos 10 anos subsequentes.
Alguns dos atletas como Javier Sotomayor (Cuba) e Michael Johnson (EUA) perdem as marcas que conquistaram em provas reguladas pela IAAF.
Por um outro lado, a Federação Portuguesa de Atletismo já reagiu sobre estas medidas da Associação Europeia de Atletismo. O orgão considera que “a medida até pode ser interessante, uma vez que atua sobre recordes que podem ter sido obtidos com recurso a substâncias proibidas”, no entanto, “será sempre uma injustiça para os atletas limpos, que ao perderem os seus recordes são tratados como se fossem atletas dopados, vendo os seus recordes apagados das listas”.