A Organização dos JO de Tóquio minimizou o último inquérito que mostra haver cada vez mais japoneses pondo em causa a realização dos Jogos este ano e disse ainda que um relatório alegando que o cancelamento poderia ser discutido já em Fevereiro não passa de fake news.
O inquérito feito a menos de 200 dias do início dos Jogos, foi feito com a Grande Tóquio em estado de emergência devido a um aumento nos casos de coronavírus.
Num discurso de Ano Novo para a equipa organizativa, o CEO da Tokyo 2020, Toshiro Muto, deu uma opinião positiva sobre uma pesquisa da Kyodo publicada no domingo, mostrando que 45% dos japoneses querem que os Jogos sejam novamente adiados, com 35% a defender o cancelamento definitivo.
“O número de pessoas a pedir o cancelamento aumentou apenas em cerca de 5%”, disse Muto. “O número de pessoas que pede o adiamento aumentou muito, mas isso significa que essas pessoas ainda querem que seja realizado”, acrescentou.
“É claro que, para que seja realizado, temos que garantir que realizaremos uns Jogos seguros com medidas antivírus. Se pensarmos nestes termos, acredito firmemente que as pessoas ficarão cada vez mais atrás disso”.
O remador britânico Matthew Pinsent pediu o cancelamento dos Jogos e que Tóquio seja a sede do evento em 2024, substituindo Paris.
Muto também considerou uma “notícia falsa” uma reportagem da imprensa japonesa alegando que o Comité Olímpico Internacional e a Organização dos JO iriam debater o destino dos Jogos em Fevereiro.
“Quando esses tipos de relatórios vêm à tona, algumas pessoas podem ficar ansiosas por eles”, disse Muto. “Quero dizer que não estamos pensando dessa forma, e que esses relatórios estão errados.”