Como se esperava, o triplista Pedro Pichardo deu a Portugal a segunda medalha de ouro do Europeu de pista coberta, em Torun, Polónia. E com larga vantagem: 17,30 contra 17,04 do segundo, o seu ex-compatriota Alexis Copello, que agora representa o Azerbeijão e conseguiu 17,04. Pichardo, que abriu logo com 17,30, fez mais três ensaios acima dos 17,04 de Copello: 17,09 no 2º, 17,06 no 4º e 17,12 no 6º (fez nulo no 3º e prescindiu do 5º). Foram seus os quatro melhores saltos da final, embora tenha ficado aquém dos 17,36 do Campeonato Nacional e ainda não tenha sido desta vez que bateu o recorde nacional (pista coberta) de Nelson Évora (17,40 em 2018).
A prova de triplo valeu pela luta pelo segundo lugar, entre Copello (17,04) e o alemão Max Hess (17,01). Este abriu com 16,96 e fez depois quatro nulos, embora um ou outro dando a ideia de que passaria os 17 metros. Mas Copello, logo no 2º ensaio ultrapassou-o, com 16,98. No último salto, Hess chegou a 17,01 mas logo a seguir Copello melhorou para 17,04 e garantiu a medalha de prata. O 4º classificado não fez melhor que 16,65…
Portugal esteve ainda representado, esta manhã, nos 60 metros femininos. Destaque para a jovem Rosalina Santos, que passou às meias-finais ao ser 4ª com 7,38 e depois foi 8ª e última nas meias-finais, novamente com 7,38, um pouco aquém dos sensacionais 7,30 que havia feito no CAR do Jamor. Fez o 21º tempo entre as 24 semifinalistas. Lorène Bazolo, 7ª na sua eliminatória, com 7,40, ficou fora das meias-finais por pouco. Fez o 28º tempo entre as 40 concorrentes.
Fica apenas a faltar, em termos de representação nacional, a muito aguardada presença de Patrícia Mamona na final do triplo, esta tarde (16.20 h).
A outra final desta manhã foi a do salto em altura (masculinos) que proporcionou intenso despique entre o italiano Gianmarco Tamberi, o favorito (já foi campeão mundial de pista coberta e campeão europeu de ar livre e pista coberta) e o bielorusso Maksim Nedasekau, “apenas” vice-campeão europeu em 2016. Tamberi, que “limpou” todas as alturas até 2,31, inclusive, apanhou um pequeno susto, ao passar 2,33 apenas à segunda, enquanto o bielorusso o fez à primeira. No entanto, a 2,35, Tamberi passou à segunda e Nedasekau falhou as duas primeiras tentativas e… deixou a terceira para 2,37, que… passou, estabelecendo novo recorde pessoal (tinha 2,35 ao ar livre). Tamberi, pressionado, acabou por falhar as três tentativas a 2,37 e ficou com a medalha de prata. Prova emocionante mas cedo “reduzida” a dois atletas, já que a medalha de bronze foi conseguida (pelo belga Thomas Carmoy) apenas com 2,26!
Esta tarde, a partir das 16 horas, realizar-se-ão as 12 finais que faltam: as masculinas de 60 m barreiras, 800 m, 3000 m, vara, 4×400 m e a última prova do heptatlo (o francês Kevin Mayer leva grande vantagem e, faltando apenas os 1000 m, segue com 37 pontos de atraso relativamente ao seu recorde da Europa) e as femininas de 60 m barreiras, 60 m, 800 m, altura, triplo e 4×400 m.