Na Maratona de Toronto disputada no passado 7 de maio, passaram-se cenas que felizmente já não se veem nas provas disputadas em Portugal. Segundo o jornal local Toronto Star, os participantes na prova e até o diretor do evento ficaram chocados com a desorganização e os comportamentos observados.
O evento recebeu várias provas, maratona, meia maratona, 10 km e 5 km. Uma corredora da meia maratona, Robyn Fennell, reclamou que faltou água nos abastecimentos e pessoal médico e que a meta estava desorganizada e insegura. Nalgumas partes do percurso, havia carros que passavam por cima dos cones laranja que supostamente, separavam o tráfego automóvel dos corredores.
Por outro lado, o diretor da prova, Jay Glassman, disse ao Toronto Star que, embora tivesse havido confusão em alguns aspetos, terá havido entre 60.000 e 70.000 copos de água não utilizados e que houve médicos em todo o percurso. Disse ainda que a Organização terá pago a 90 polícias de trânsito e que havia barricadas ao longo do percurso para manter separados, os corredores e os carros.
Glassman e os corredores concordaram que a feira da prova e a meta deixaram muito a desejar. Na feira, Glassman viu participantes a carregarem caixas com água e lanches pós-corrida, de locais onde não podiam entrar, o que impediu que todos os recebessem.
“Foi pura ganância, mentalidade mafiosa”, reclamou o diretor, que denunciou ainda o desrespeito com que foram tratadas as mulheres mais velhas que trabalharam na feira e que os alunos voluntários também receberam insultos raciais. Uma vergonha num país como o Canadá!