Manhã bem positiva para os atletas portugueses no Europeu de pista coberta, em Torun, com a esperada superioridade de Pedro Pichardo na qualificação do triplo (único acima de 17 m, num só ensaio a 17,03) e a inesperada proeza de Francisco Belo no peso, com um lançamento final de 21,04, um recorde pessoal que o apurou diretamente para a final… com a melhor marca da qualificação. Embora naturalmente eliminados, também Cátia Azevedo (53,28 – melhor marca do ano) e Mauro Pereira (47,69 – perto do seu melhor) estiveram bem, ao contrário de Ricardo Santos (48,06). Marta Pen lutou muito, arriscou e acabou por ceder na parte final, terminando com 4.12,95.
Pedro Pichardo qualificou-se para a final do triplo logo no primeiro ensaio, com 17,03 e uma chamada a quase 13 cm do limite. Mais dois atletas conseguiram a marca de qualificação (16,80): o alemão Max Hess, que promete ser o principal adversário na final de domingo (16,86) e o ex-cubano (agora do Azerbeijão) Alexis Copello (16,84). O francês Melvin Raffin, que era outro dos candidatos ao pódio (17,09 como melhor esta época), esteve desastrado (15,11-nulo-15,29), ficando em 14º e último!
Francisco Belo surpreendeu. Esperava-se que lutasse pelo apuramento para a final – oito atletas (e o seu segundo ensaio a 20,27 já era suficiente… à tangente) mas no terceiro e último ensaio surpreendeu, com 21,04, marca que o catapultou para o 1º lugar e o apurou diretamente para a final desta qualificação (eram necessários 21 m), algo que apenas o polaco Michal Haratyk também conseguiu (21,02 ao 2º ensaio). Francisco Belo torna-se assim candidato ao pódio (ele foi 4º há dois anos). O checo Tomas Stanek, com 20,97 num só ensaio, é outro grande candidato ao título. Em termo nacionais, apenas Tsanko Arnaudov, com 21,27 (e 21,08), tem melhor.
Nas eliminatórias dos 400 m, com 9 séries e 49 atletas (!), Vítor Ricardo Santos, irregular como sempre, esteve bastante mal, sendo 5º e último na sua série, com 48,06, bem longe dos seus recentes 46,64. Correu quase sempre na pista 2 e “desligou” na parte final, quando viu que já não se qualificava. Melhor esteve o jovem Mauro Pereira que foi 4º (penúltimo) na sua série e ficou próximo do seu recente recorde pessoal de 47,48, com 47,69. No conjunto das 9 séries (49 atletas), fez a 32ª marca, enquanto Ricardo Santos foi 41º.
Embora última (por bem pouco) na sua série, Cátia Azevedo esteve bem, ao gastar 53,28, a melhor marca do ano e a quarta de sempre, perto dos 53,10 de recorde pessoal da época passada. No conjunto das sete séries e entre 39 atletas, fez o 24º tempo.
A última atleta nacional a competir esta manhã foi Marta Pen, na terceira e última série de 1500 m. Andou algum tempo a meio do pelotão, atacou a três voltas do fim, subindo ao 2º lugar, mas acabou por ceder depois, caindo para o 5º posto, com 4.12,95, marca que não deslustra mas foi insuficiente: foi a 13ª entre 22 atletas. A final (9 atletas) foi atingida com 4.11,27…
Esta tarde, haverá três portugueses em finais: Auriol Dogmo no peso (18.06 h), Francisco Belo no peso (19.35 h) e Mariana Machado nos 3000 m (20.00 h). Realizar-se-ão ainda as finais de masculinas de comprimento e 1500 m e concluir-se-á o pentatlo.