A mais de um ano sobre a realização dos Jogos Olímpicos em 2021, está instalada a polémica. Primeiro, foi a professora britânica Devi Sridhar, que dirige o departamento de saúde mundial na Universidade de Edimburgo, ter declarado que os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021 dependem totalmente da existência de uma vacina contra o coronavírus.
Agora, foi um infeciologista japonês que se mostrou hoje “muito pessimista” sobre a possibilidade dos Jogos terem lugar em 2021. Kentaro Iwata, professor no departamento de doenças infeciosas da Universidade de Kobe, afirmou: “Honestamente, eu não penso que seja provável que os Jogos Olímpicos tenham lugar no próximo ano…Os Jogos Olímpicos necessitam de duas condições: controlar o Covid-19 no Japão e controlá-lo em qualquer outro lugar, porque é preciso convidar os atletas e os espetadores do mundo inteiro”.
Crítico da gestão da pandemia pelas autoridades locais, Iwata disse ainda: “A única eventualidade, seria os Jogos sem espetadores ou com uma participação reduzida”.
A terminar, considerou que: “O Japão poderia estar em condições de controlar a doença de agora até ao próximo verão, e eu espero-o, mas não penso que tal se faça em todo o planeta e por isso, eu estou muito pessimista numa organização dos Jogos Olímpicos durante o Verão de 2021”.
Mas todo este pessimismo de Devi Sridhar e Kentaro Iwata não é acompanhado por um especialista da Organização Mundial de Saúde. Interrogado pela Reuters, Brian McCloskey, especialista em segurança sanitária e prevenção de epidemias, mostrou-se mais prudente. Na sua opinião, é prematuro pensar que a pandemia do coronavírus poderia atrasar de novo os JO de Tóquio.
A Organização dos Jogos está a trabalhar para que eles se disputem na data prevista. Na última semana, o porta-voz da Organização, Masa Takaya, afirmou que não há plano B.