Das 96 equipas inscritas no Nacional de Clubes de pista coberta, cuja fase de apuramento se realiza este fim-de-semana, em Braga e em Pombal, nada menos de 20 (10 masculinas e 10 femininas) pertencem à Associação do Porto, que “dobra” Aveiro, a segunda associação mais representada (10 equipas). Lisboa tem apenas oito formações inscritas. E apenas seis das 22 associações apresentam dois-terços (64) das formações. O atletismo nacional, como o país, é muito desequilibrado…
Foram 82, as equipas classificadas há um ano (44 masculinas e 38 femininas), número recorde em 16 anos de realização da competição. Havendo sempre formações que depois não aparecem (ou não possuem número suficiente de atletas), é natural que o número final deste ano se assemelhe a esse. O distrito do Porto – mesmo sem o FC Porto – apresenta nada menos de 10 clubes, todos eles com equipas masculina e feminina. Segue-se Aveiro, com 10 equipas, Leiria e Santarém, com nove, Lisboa e Setúbal, com oito. O distrito da capital do País tem apenas inscritos Benfica, Sporting e JOMA, com equipas masculina e feminina, e ainda Belenenses (apenas masculina) e Salesiana de Manique (apenas feminina).
Enquanto essas seis associações têm um total de 64 equipas inscritas, as restantes 12 do Continente somam apenas 26. Quatro delas (Bragança, Vila Real, Beja e Portalegre) nem se fazem representar. E Braga, por exemplo, onde se realiza uma das qualificações, apenas tem inscritas duas equipas, ambas do SC Braga (masculina e feminina). É outra das notas tristes desta distribuição de clubes.
Em termos competitivos, Benfica, Sporting e Juventude Vidigalense, que têm ocupado os pódios nos últimos anos, não terão problemas em se qualificarem, devendo mesmo prescindir de alguns dos seus principais atletas. Serão apuradas 16 equipas (8 para a I Divisão e 8 para a II) em cada sexo, realizando-se as finais a 18 e 19 de fevereiro, em Pombal.
A época ainda está no seu início mas, até agora, há já a registar algumas marcas interessantes: no setor masculino, Diogo Antunes nos 60 m (6,72), Ancuiam Lopes nos 200 m (21,50 em França), Emanuel Rolim nos 3000 m (8.04,49), Paulo Conceição na altura (2,15) e Carlos Veiga no triplo (15,98); no feminino, Lorène Bazolo nos 60 m (7,38), Marta Onofre na vara (4,26) e Evelise Veiga no comprimento (6,21). Curiosamente, as marcas mais relevantes obtidas esta época, foram conseguidas ao ar livre: Francisco Belo lançou o peso a 19,15 em Lisboa, derrotando Tsanko Arnaudov (19,02); e Anabela Neto passou 1,80 em altura, em Vagos.