A seleção do Porto recuperou a vitória de 2018 no Olímpico Jovem, este ano distribuído pelas pistas de Lousada, Coimbra e Setúbal e que, apesar disso, teve alguns bons resultados e até recordes do torneio que não se realizou em 2020 e teve agora a sua 37ª edição, desde 1983. Lisboa, que nunca caiu abaixo do 2º lugar e havia ganho na última edição, ficou agora a oito pontos e meio (634,5-626), com Leiria novamente no 3º lugar (604,5).
A principal figura desta edição deste emblemático torneio foi o juvenil lisboeta João Fernandes, que progrediu dois metros no dardo/700 g para 67,77, ameaçando o recorde nacional de Tiago Aperta (69,84) e ultrapassando Leandro Ramos (67,39).
Vejamos, resumidamente o que de mais relevante sucedeu em cada um dos quatro escalões, que tiveram um total de 39 provas, 21 para iniciados (11 masc.+10 fem.) e 18 para juvenis (9+9).
JUVENIS (M): Para além de João Fernandes, destaque para os dois títulos de Eduardo Oliveira (LEI), nos 200 m (22,25) – progressos de 52 centésimos – e comprimento (6,89). Bom despique entre Francisco Silva (BRA), que progrediu nos 800 m para 1.54,56 e derrotou João Pedro Santos (AVE), com 1.55,26. Rafael Jesus (POR) progrediu sete centímetros na altura (1,97). No peso/5 kg, Eduardo Neves (SET) 14,27 surpreendeu Valdemar Dantas (VCa) 13,80. Larga superioridade (4 segundos) de André Costa (POR), com 4.00,71 nos 1500 m. Vitória de Miguel Costa nos 100 m, com recorde pessoal de 11,14.
JUVENIS (F): Foram batidos dois recordes do Olímpico Jovem, através de Marta Araújo (VCa), com 5,86 (v:+1,6) no comprimento (subiu a 10ª juvenil nacional de sempre), e Beatriz Castelhano (LEI), com 25,59 nos 200 m. Esta já havia ganho os 100 m, com 12,29, menos um centésimo que Rita Barbosa (POR). No top’10 nacional de sempre, entrou também Marta Faria (MAD), com 44,08 no dardo/500 g (prova em vigor desde 2012). A francesa Thais Beranguer (POR) continua em foco, ganhando os 100 m barreiras (14,20) e a altura (1,75 e… mais 17 cm que a segunda). Letícia Lopes (ALG) ganhou o peso/3 kg, com quase dois metros de vantagem, em 14,28.
INICIADOS (M): Vencedor dos 250 m com 30,00, André Reis (COI) subiu a 11º iniciado de sempre e bateu o recorde do Olímpico Jovem. Bons progressos e larga superioridade de Bubacar Júnior (LIS), com 1,84 na altura (mais 9 cm); Guilherme Velez (PTL), com 52,11 no dardo (10 metros de vantagem); Daniel Cruz (AVE), com 4.10,55 nos 1500 m (8 segundos de vantagem); Gabriel Cunha (LEI), com 6,31 no comprimento (melhor marca iniciada do ano); Ricardo Vieira (BRA), com 2.03,73 e quase 3 segundos de vantagem nos 800 m; e Francisco Pereira (POR), com um recorde pessoal de 46,20 no disco/1 km, com cinco metros de vantagem. Referência ainda para os 14,15 de Diogo Enes (MAD) no 110 m barreiras e 9,37 de Lourenço Viveiros (MAD) nos 80 m.
INICIADOS (F): Destaque especial para a velocista Joana Pestana (SET), cujos 32,96 (recorde pessoal por 18 centésimos) a colocam como quarta iniciada de sempre. Ganhou também os 80 m, com 10,23. Sem chegarem ao seu melhor, registo ainda para os triunfos de Lara Costa (POR), com quase 25 segundos de vantagem nos 1500 m (4.40,84), Sara Conceição (LEI), com 38,87 no dardo/500 g, e Stela Fernandes (COI), com 2.19,03 nos 800 m.
Lisboa ao não levar o Rodrigo Alcobia no salto em altura e também a Beatriz Rodrigues nos 1500mt deu a Vitória ao Porto.
Lisboa esteva em primeiro ao começar o salto em altura juvenil masculino com uma vantagem de 9 pontos, mas perdeu 9.5 pontos para o Porto e depois perdeu mais 7 pontos nas 3 provas restantes.
Foi um interessante torneio jovem, que se estivessem todos na mesma pista a competitividade teria sido bem melhor.O
Portanto tivemos um dia onde o fim da presença no Europeu de sub20 mostrou um nível bem baixo e onde os sub16 e sub18 até deram show e sem o Sisinio e a Leonor Ferreira que são as estrelas do nosso atletismo jovem.
Num europeu sub18 teríamos uma probabilidade de medalhas bem maior!
* Beatriz Fernandes e não Rodrigues.
Obrigado pela retificação
O Modelo com que os campeonatos foram disputados, tiram toda a verdade desportiva, logo reconhecer qualquer selecção como vencedora é um atentado e tira motivação aos jovens atletas.
Olha um miúdo(a) depois de ver a sua classificação nacional ver que ele fez 26,… nos 200 metros mas com vento contrário de 0,7, e o vencedor fez 25,… mas com vento favorável de 2,4. Que justiça é que este miúdo(a) pode ver neste resultado?