Portugal continua a ser o país com mais vitórias e mantém os recordes coletivos na Taça da Europa de 10.000 m, competição que teve este sábado, em Londres, a sua 22ª edição. Vejamos algumas curiosidades da história da prova.
– Portugal tem 14 vitórias (4 masculinas e 10 femininas), mais uma que a Espanha (10 masculinas e 3 femininas). Segue-se, a boa distância, a Itália, com cinco títulos (4 masc.+1 fem.).
– A Espanha tem 32 medalhas (coletivas), mais três que Portugal. A Itália tem 21.
– A nível individual, a Espanha regista 11 vitórias (9 nos homens), contra 8 de Portugal (7 das quais nas mulheres). Sara Moreira é a única mulher com três vitórias na competição.
– A superioridade ibérica vem essencialmente das primeiras edições: a Espanha ganhou a competição masculina seis vezes nos primeiros 11 anos e Portugal triunfou na feminina sete vezes nos primeiros nove. Ultimamente, o maior número de vitórias tem pertencido à Itália (três masculinas nos últimos seis anos) e à Grã-Bretanha (quatro femininas nos últimos sete anos).
– O número de equipas classificadas, que sofreu forte descida entre 2005 e 2013, parece em recuperação. O recorde (8 masc.+7 fem.) vem já de Lisboa’2000. Em 2005 e 2007 (3 masc.+2 fem.) e 2013 (2 masc.+3 fem.) atingiu-se o mínimo. Em 2015 e 2018 foram 14 as equipas classificadas, perto do máximo.
– Os recordes da competição já são antigos. O masculino pertence ao espanhol Fabio Roncero, com 27.14,44, em 1998, pertencendo a António Pinto o segundo melhor tempo, com 27.15,36 nessa mesma prova. Abaixo dos 28 minutos houve 13 vencedores – os sete primeiros e 11 dos 14 primeiros. Nos últimos oito anos, apenas em 2012 e 2018 os vencedores baixaram dos 28 minutos.
– No setor feminino, a turca (de origem etíope) Elvan Abeylegesse conseguiu o melhor tempo (30.21,67) em 2006. Apenas Paula Radcliffe (30.40,70 em 1999) e Fernanda Ribeiro (30.48,06 em 1998) baixaram também dos 31 minutos. Em 2004, 2013, 2015 e 2016 as vencedoras gastaram mais de 32 minutos e em 2016 mais de 33!
– Em termos coletivos, Portugal detém os dois recordes (soma dos três melhores tempos): 1.22.46,26 (média de 27.45,32) por António Pinto, Domingos Castro e Paulo Guerra em Lisboa’1998; e 1.34.57,71 (média de 31.39,24) por Dulce Félix, Ana Dias e Fernanda Ribeiro em 2009.
– Os melhores tempos masculinos seguintes (na casa da 1h23m) pertencem a Portugal (1997) e Espanha (1999 e 2005). De então para cá (13 edições), apenas a Espanha (em 2012 e 2018) baixou de 1h25m e quatro vezes a formação campeã gastou mais de 1h26m…
– No setor feminino, Portugal tem depois os três melhores tempos seguintes, todos na casa da 1h35m. Em 2013 e 2016, as equipas vencedoras somaram mais de 1h42m! O que era e o que é o meio-fundo europeu…