A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) informou que os atletas de Portugal, Brasil, Equador e Peru, terão testes mais rigorosos fora da competição para serem elegíveis para os JO de Paris, já que os seus programas nacionais de testes não são suficientes.
A decisão ocorre depois do Conselho da World Athletics ter aprovado as recomendações do Conselho da AIU para impor “requisitos de testes mais rígidos a essas federações” antes do início dos Jogos Olímpicos, em 26 de julho.
“As quatro federações receberam avisos claros da AIU sobre a insuficiência dos seus programas nacionais de testes após o Campeonato Mundial de Atletismo de 2022 em Eugene”, disse a AIU num comunicado.
“Todos os quatro não conseguiram garantir que houvesse testes OOC proporcionais para as suas equipas no Campeonato Mundial de Atletismo de 2023 em Budapeste.
“O Conselho aceitou posteriormente o apelo da AIU para que todas as quatro federações imponham condições de elegibilidade aos testes aos seus atletas para participarem em Paris 2024.”
As condições rigorosas incluem atletas que tenham sido submetidos a pelo menos três testes fora da competição sem aviso prévio antes de 4 de julho, enquanto cada um desses testes deverá ter sido realizado com pelo menos três semanas de intervalo.
“Estamos satisfeitos com a decisão do Conselho de apoiar as recomendações da AIU”, disse o presidente da AIU, David Howman.
“Esta ação é dura, mas necessária porque não recebemos uma resposta adequada destas federações aos avisos claros que demos antes do Campeonato Mundial de Atletismo no ano passado.
“Neste ano olímpico, confiamos que este será um lembrete a todas as federações membros de que a AIU e a World Athletics levam extremamente a sério a garantia de condições equitativas para os atletas.”
António Nunes, diretor executivo da Autoridade Antidopagem de Portugal (AdoP) disse que este organismo já respondeu “há duas semanas” a um ofício enviado pela World Athletics à Federação Portuguesa de Atletismo, garantindo estar a cumprir as regras internacionais.
António Júlio Nunes referiu ainda que já foi enviada para a Federação Portuguesa de Atletismo, com conhecimento da World Athletics, uma tabela com os nomes dos atletas que já têm os mínimos para os Jogos Olímpicos e o número de controlos antidoping realizados em competição e fora de competição, assim como de atletas do “grupo alvo”, que também poderão estar em Paris.