(Foto FPA)
A seleção nacional terá no próximo fim-de-semana, na Polónia, a honra de competir na Superliga (de apenas oito países) do Campeonato da Europa de Seleções. O objetivo será não baixar à I Liga mas a tarefa é quase impossível, já que estarão em ação as mais fortes seleções europeias, com exceção da Rússia, suspensa. A Ucrânia faltará (devido a casos internos de Covid’19) e, embora fosse provavelmente a mais acessível (ou menos inacessível…), esse facto não facilitará a tarefa portuguesa.
Portugal aproveitou da melhor forma uma ocasião (quase) única de estar na Superliga a oito. Na edição anterior (2019), a Superliga teve 12 equipas (tal como a I Liga) e desceram nada menos de cinco seleções, teoricamente mais fortes que Portugal, que assim não as teve que defrontar na I Liga. Futuramente, a subida à Superliga de apenas oito seleções será naturalmente bem mais complicada.
Mas concentremo-nos na competição deste ano, na qual estarão as seis primeiras de há dois anos: Polónia (345 pontos), Alemanha (317,5), França (316,5), Itália (316), Grã-Bretanha (302,5), Espanha (294,5). A Ucrânia, então 7ª mas longe da Espanha (somou 224 p.), estará agora ausente. E será Portugal a completar o lote. Fazendo as contas com base nos recordes pessoais de cada um dos atletas, a pontuação final (não considerando as estafetas) seria favorável à Itália, com 152 pontos, contra 151 da Alemanha, seguindo-se Polónia (150), França (149), Espanha (148), Grã-Bretanha (144) e Portugal, em 7º lugar, com 114 pontos.
Naturalmente que estas contas são muito falíveis, sendo bem difícil apontar um favorito. Mas apenas quatro pontos separam as cinco primeiras seleções e a sexta está a escassos 8 pontos da primeira. Impossível haver maior equilíbrio. Portugal acaba por ser o único que “destoa”. A ausência da Ucrânia (que ficaria a meio caminho entre a Grã-Bretanha e Portugal) não ajuda. Com teóricos 30 pontos a menos que a seleção que a antecede, Portugal dificilmente deixará se ser sétimo, apenas se pedindo aos atletas que deem o seu melhor e tentem amealhar o máximo de pontos ao seu alcance.
As melhores hipóteses portuguesas estão no triplo (Pedro Pichardo), peso (Auriol Dongmo) e… disco (Liliana Cá), com os atletas nacionais a terem os melhores recordes pessoais entre os sete concorrentes. Têm os segundos melhores recordes pessoais Cátia Azevedo nos 400 m, Vera Barbosa nos 400 m barreiras e Patrícia Mamona no triplo. Mas todos terão que lutar pelo máximo de pontos ao seu alcance… na tentativa de tornar possível o “impossível”.
Uma questão nao relacionada.
Com JO e covid, este ano comprovadamente não há taça dos clubes em pista, certo?
Este ano, não há. Está prevista para 2022.
Em autentico contraste com o referido ha dominios completamente desastrosos, como os martelos, as alturas, as varas, disco masc, dardo feminino. As barreiras tambem nada famosas. Em alguns casos em situacoes bem mais agravadas do que ha dois anos! Resta-nos o prestigio da nossa presença!