Witold Banka, presidente da Agência Mundial Antidoping (WADA), afirmou que o organismo continua a ter problemas de confiança com a Agência Antidoping da Rússia (RUSADA). “A RUSADA permanecerá em incumprimento até que cumpra cada uma das condições de restabelecimento estabelecidas pelo Tribunal Arbitral do Desporto. E até que possamos verificá-los, continuaremos a seguir o processo acordado. No entanto, devo dizer que a nossa confiança na independência do sistema antidoping continua muito baixa.”
Putin assinou um projeto de lei que dá à RUSADA autoridade para aprovar regras nacionais antidoping, com o ministro do Desporto do país, Oleg Matytsin, a afirmar: “demonstrará a abordagem responsável e consistente da Rússia na luta contra o doping”.
Mas o passado não é esquecido. A equipe da RUSADA promoveu o doping. Yulia Stepanova, uma corredora de 800 m, indicou no livro The Russian Affair, que foi vítima de doping sistemático e que, se não se dopasse, não teria acesso a certos centros de treino de alto rendimento e a treinadores de qualidade. A autorização para combater o doping através de um projeto de lei é considerado um subterfúgio.
Enquanto isso, Thomas Bach presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), continua a fazer lobby a favor da participação da Rússia nos JO de Paris em 2024. Bach tem dito que os “pessimistas” que não querem a Rússia nos Jogos Olímpicos precisam de separar a política do desporto. Ele também disse à imprensa que correram bem alguns eventos que incluíram atletas russos.
Perante a indefinição da participação russa nos JO de Paris, Putin deu instruções para que fossem organizadom os Jogos da Boa Vontade. Mas estes Goodwill Games originais foram cancelados devido às baixas audiências da televisão. Sem a participação de um grande número de países, haverá menos patrocinadores. E sem um lucrativo contrato de transmissão e streaming de televisão, a audiência será menor, levando ao desinteresse de patrocinadores e anunciantes.