Como já é do conhecimento geral, O Tribunal Arbitral do Desporto proibiu na passada 4ª feira, Caster Semenya (e outras atletas na mesma situação) de participar em provas internacionais, em distâncias dos 400 metros à milha.
Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, comentou hoje o assunto, numa reunião na Austrália, mostrando-se consternado com a situação.
– “Primeiro, gostaria de dizer que tenho uma grande simpatia por Caster Semenya sobre esta decisão. Tendo dito isso, é um tema extremamente complexo. Isso tem um impacto científico, impacto ético, isso impacta no “fair play” da competição. Então, é extremamente delicado e difícil fazer justiça a tudo isso (…) O que o COI tem feito é tentar ajudar as Federações Internacionais porque são eles quem tomam as decisões com as suas regras. O COI respeita as decisões do TAS, como sempre fazemos. Mas, pelo ponto de vista humano, sim, eu tenho simpatia por ela”, disse Bach na reunião do Comité Olímpico Australiano, em Sydney.
Bach explicou ainda que haverá um grupo de trabalho específico para estudar o caso de Caster Semenya e não descartou que possa haver qualquer tipo de revisão. No entanto, ele preferiu não aprofundar o tema e deixou-o na conta dos “especialistas” que estudam a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto.
– “Temos esse grupo de trabalho, que conta com médicos especialistas. Então vamos tentar, como sempre tentamos nessas situações, chegar a um consenso entre os cientistas. É nisso que estamos trabalhando. Não sou um especialista médico, então não posso comentar a decisão. Eu tenho que contar com os especialistas. Não é só científico, não é só ético, é também muito emocional. Tenho medo pelos especialistas pela dificuldade de encontrar uma solução que reúna todos esses argumentos”, disse Bach.