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Na sequência da proposta de colaboração do Jornalismo Colaborativo, publicamos hoje um artigo da jornalista brasileira Thaís Cal e que aborda o problema das lesões articulares e a sua prevenção.
O Jornalismo Colaborativo é “um portal de conteúdo e publicação colaborativa formado por jornalistas, pesquisadores e profissionais de diferentes nichos de mercado e diversos segmentos editoriais, responsáveis pela apuração, edição e engajamento de publicações que contenham informações e serviços de interesse público em espaços com notícias relevantes à sociedade e à comunidade científica”.
Praticar atividades físicas é uma das melhores maneiras de manter a saúde em dia, a musculatura desenvolvida e a mente afiada. No entanto, existem situações em que os treinos ou mesmo competições, podem levar o atleta a uma situação de lesões. Este tipo de situação é muito comum entre praticantes de atletismo (desporto que envolve corridas, saltos e lançamentos) pelo facto de serem modalidades que exigem grande esforço articular dos atletas. Por sorte, existem formas de prevenção das lesões articulares e musculares mais comuns no meio do atletismo. Confira:
Tendinite
A tendinite acontece quando os tendões (porção extrema do músculo que se liga ao osso) ficam inflamados. É muito comum ocorrer tendinite nos atletas que praticam corrida e saltos (especialmente no joelho e tornozelo) e nos lançadores (na região do pulso, ombro e cotovelo); elas podem ocorrer por esforço repetitivo, intensidade alta de treinos e acidentes durante a prática do desporto.
Para evitar tendinites, o atleta precisa de dar atenção ao aquecimento e alongamento adequados antes e após os treinos, fazer o período de relaxamento completo (para não super estimular determinada região e dar tempo para que ela se recupere antes da próxima competição ou treino), fazer hidratação constante e massagens de relaxamento pós-treino. Quando o quadro de tendinite já está instaurado, é preciso fazer descanso adequado, tomar medicações indicadas pelo fisioterapeuta e ortopedista, compressas quentes e frias (dependendo do grau e local da tendinite), massagens e retomada das atividades progressivamente; para casos mais graves, é preciso recorrer à intervenção cirúrgica.
Bursite
Muito parecida com a tendinite, a bursite é a inflamação das bursas (uma bolsa sinovial cheia de líquido que fica alojada no espaço que existe entre músculos, tendões e ossos em cada articulação); a sua função é proteger as proeminências ósseas contra o atrito gerado pelo movimento. Quando é feito um esforço repetitivo ou é utilizada uma carga muito alta, essas bolsas podem inflamar (assim como os tendões) e causar dor, inchaço e limitação dos movimentos. Muitas pessoas acabam confundindo a bursite com a tendinite, pois as duas situações ocorrem nas articulações e a dor gerada é muito similar, porém são estruturas diferentes afetadas.
O método de prevenção é o mesmo para a tendinite: evitar cargas extremas, respeitar o tempo de descanso, aplicar compressas e medicação.
Acompanhamento profissional é necessário
Uma forma de evitar que aconteçam lesões durante os treinos de atletismo é contar com a ajuda e supervisão de um profissional da educação física; esse profissional vai voltar a sua atenção para a execução correta da atividade, correção de desvios de desempenho e ajuste de intensidade dos treinos. Dessa forma, é possível detetar possíveis vícios de movimento que podem levar a uma lesão.
Vale ressaltar que estas dicas são formas preventivas contra lesões, mas podem existir situações em que o atleta, mesmo com toda a consciência corporal e atividades preventivas, pode ainda lesionar-se e, até mesmo, não mais atuar em competições. Por isso, é preciso pensar em formas de garantir a estabilidade financeira futura, como planos de aposentadoria especial. Além disso, o atleta afastado da atividade pode não conseguir competir mais, mas ainda há espaço para que ele faça o treino de futuros atletas, seja por orientação ou até mesmo com a criação de centros de treino.