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Manuel Sequeira por Manuel Sequeira
2019-07-01
em Running
0
7ª Corrida da Água/O prazer de correr no Aqueduto das Águas Livres
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Quantas vezes tentamos imaginar o tempo que pensamos ser capazes de fazer por exemplo à meia maratona, com base num tempo feito aos dez quilómetros? Este exemplo serve para muitas outras distâncias. Como é evidente, não podemos fazer uma regra de três simples, tendo apenas em atenção o tempo dos dez quilómetros.

Acerca deste tema, divulgamos seguidamente um interessante artigo de Marcelo Augusti publicado na Revista Contra-Relógio.

Cálculos matemáticos

Qualquer atleta gostaria de saber que resultado poderia alcançar numa determinada prova por ele planeada. A expectativa em torno de um tempo que represente a melhor marca pessoal é comum a todos os corredores que se dedicam com seriedade ao treino diário. Obter o melhor resultado numa competição importante não é algo misterioso, tampouco mística é a capacidade de se prever determinado tempo para uma certa distância.

Assim, o nosso objetivo é estabelecer uma maneira simples e eficiente para que possamos prognosticar o desempenho numa maratona, ou estipular um tempo-base que deve ser alcançado numa determinada distância, que servirá como referência para a busca de um resultado na maratona.

Para o prognóstico de um desempenho atlético, contamos com o auxílio das Ciências do Desporto e dos cálculos matemáticos. A matemática, como uma ciência exata, permite-nos a previsão do resultado do atleta, baseando-se em desempenhos obtidos noutras distâncias. Esses cálculos, ao contrário do que muitos poderiam supor, são simples, aproximando de forma convincente o resultado esperado do resultado real.

Embora os cálculos matemáticos sejam exatos, o corpo humano não se resume a pura matemática, sendo os mecanismos fisiológicos que ditam as regras a serem adotadas para determinadas situações de stress físico e emocional, característicos das provas de longas distâncias.

Por isso, os meios utilizados para o prognóstico do desempenho atlético nas corridas de fundo servem apenas como um referencial para a determinação do resultado competitivo.

Entretanto, com o prognóstico na mão, ou seja, com o conhecimento teórico das suas possibilidades durante a prova, é possível ao técnico ou ao próprio atleta, a elaboração de uma estratégia de corrida que lhe favoreça a obtenção do melhor resultado. Assim, o atleta não correrá o risco desnecessário de abandonar a prova precocemente, devido ao surgimento da fadiga, uma consequência direta da exposição a um stress físico e emocional insuportável para essa situação.

Como é o método do cálculo

O método proposto para o cálculo do prognóstico do resultado competitivo fundamenta-se em princípios teóricos elaborados nos antigos regimes dos países do leste europeu.

Fundamentados nesse conhecimento, procurámos as condições necessárias para calcularmos o resultado previsto, a partir das expetativas e objetivos de cada atleta. Para isso, foi necessário uma breve revisão dos resultados competitivos dos nossos atletas. A partir disso, estabelecemos um critério seguro como base de cálculo, a norma técnica.

Norma técnica

A norma técnica, entendida como a dimensão em que se limita o resultado competitivo, é uma referência para a construção do desempenho atlético, servindo para que o técnico e o atleta tenham o controlo sobre a aplicação dos meios e métodos de preparação desportiva, distribuindo-os de forma eficiente ao longo das etapas do treino, para o alcance dos seus objetivos.

Determinamos a norma técnica a partir da observação dos resultados competitivos de atletas brasileiros, conforme ranking elaborado. Ao estabelecermos uma norma técnica, temos um padrão de referência para a excelência desportiva nas corridas de fundo no nosso país.

Isto significa que todo o atleta de corrida de longa distância terá um referencial que lhe indique o nível desportivo a ser alcançado no Brasil, permitindo a focalização para objetivos coerentes com a realidade nacional. A conclusão dessa pesquisa breve e muito simples levou-nos ao seguinte padrão de excelência desportiva nacional para as provas de fundo, tendo a maratona como centro da nossa atenção:

Padrão referencial para o desempenho de fundistas

Prova              Tempo       Velocidade       Coeficiente de Correlação

                         Média   

Maratona         2.13.59         5,25m/s                           100

1/2 Maratona   1.04.59         5,41m/s                           103/97

15 km                45.29         5,49m/s                           104/96

10 km                29.29         5,65m/s                           107/93

As distâncias selecionadas apresentam uma ótima relação com a maratona, a nossa distância padrão. O tempo de cada competição foi estabelecido através da análise do resultado dos nossos melhores atletas, tanto em provas nacionais como internacionais.

Isto é importante pois os nossos corredores de elite realizam há muito um excelente trabalho fora das nossas fronteiras, fruto não apenas do talento natural e da dedicação e perseverança desses atletas, mas da grande capacidade apresentada pelos nossos técnicos na elaboração de programas de treino cada vez mais fundamentados pelo conhecimento científico.

A velocidade dada em metros por segundo (m/s) é utilizada como base de cálculo do coeficiente de correlação. Este coeficiente retrata a relação existente entre a distância padrão (nesse caso, a maratona) e uma outra distância específica que será utilizada para o prognóstico do resultado da distância padrão. Esse coeficiente de correlação é a norma técnica que será utilizada para calcular o futuro desempenho.

O cálculo do coeficiente de correlação (CC) pode ser efetuado de duas maneiras:

1ª – CC = velocidade da distância-padrão/velocidade da distância específica

2ª – CC = velocidade da distância específica/velocidade da distância-padrão

O primeiro cálculo é utilizado quando da posse do resultado da distância específica (meia maratona, 15 km e 10 km), pretendemos prever o resultado que será alcançado na maratona.

Já na segunda situação, o objetivo é estabelecer qual o tempo-base que devemos alcançar nas distâncias específicas (meia maratona, 15 km e 10 km), para podermos atingir um determinado resultado na distância padrão (maratona).

Essas operações já foram entretanto realizadas para facilitar o trabalho do técnico e do atleta. O que iremos utilizar nos nossos cálculos são as normas técnicas. Aqui, entretanto, cabe uma explicação:

  • Os índices maiores (103,104 e 107) serão utilizados para calcular o tempo-base da distância específica;
  • Os índices menores (97,96 e 93) são para o prognóstico do desempenho na distância padrão.

Toda essa teoria nos pode causar pânico a princípio mas a sua prática é muito simples.

Observemos estes dois exemplos:

  • 1ª situação: atleta pretende obter 2h30m na sua próxima maratona

Para que esse atleta possa alcançar a marca desejada, é necessário que o mesmo apresente um desempenho compatível nas distâncias menores (10 km, 15 km e meia maratona).

Não sabemos quais são os seus tempos-base nas referidas distâncias mas podemos calculá-los da seguinte forma:

Velocidade média da distância-padrão (maratona em 2h30m) = 4,68m/s

  1. a) para calcular o tempo-base de 10 km:

CC = 107×4,68/100

CC = 5,00m/s

Tempo-base = 10.000/5,00

10 km = 33m20s

  1. b) para calcular o tempo-base de 15 km:

CC = 104×4,68/100

CC = 4,86m/s

Tempo-base = 15.000/4,86

15 km = 51m26s

  1. c) para calcular o tempo-base da meia maratona:

CC = 103×4,68/100

CC = 4,82m/s

Tempo-base = 21.100/4,82

Meia maratona = 1h12m57s

O atleta deve apresentar portanto, um referencial nas distâncias específicas equivalente a:

10 km = 33.20; 15 km = 51.26; 21,1 km =1.12.57

  • 2ª situação: atleta deseja saber o resultado (prognóstico) da sua próxima maratona, sendo detentor da marca de 1h25m na meia maratona

A partir da sua melhor marca na meia, é possível a esse atleta prever o desempenho na maratona. Se o mesmo tivesse apenas como referência o resultado na distância de 10 ou 15 km, também seria possível a previsão do desempenho. Acompanhe os passos:

Velocidade média da distância específica (meia maratona em 1h25m) = 4,13m/s.

Obs.: veja mais acima como calcular velocidade média

Como fazer o prognóstico para o tempo previsto na maratona:

CC = 97×4,13/100

CC = 4,00m/s

Tempo-base = 42.195/4,00

Maratona = 2h55m48s

Portanto, um atleta detentor da marca de 1h25m na meia maratona, teria condições teóricas de completar a maratona em 2h55m48s.

Outros fatores que afetam os resultados

Entretanto, sabemos que as coisas não funcionam tão corretas como possa supor a lógica dos cálculos. O resultado competitivo é construído ao longo de uma sólida preparação física, técnica, tática e psicológica. Outros fatores, como o estado de saúde, a alimentação, o descanso, os conflitos sociais, além das condições do ambiente (temperatura, humidade relativa do ar, relevo do percurso), a conduta durante a prova (hidratação e suplementação) e a motivação, exercem influência decisiva sobre o desempenho atlético.

Devido a esses fatores, uma margem de 1% para menos (melhor resultado) e 2% para mais (pior resultado) pode ser adotada como conduta satisfatória para o cálculo final da previsão do desempenho. Ao estabelecermos esses parâmetros, o prognóstico do resultado competitivo torna-se mais confiável.

Assim, teríamos a seguinte situação em relação ao atleta do exemplo número 2:

Velocidade média otimista = 4,00×1,01 (1%)= 4,04m/s

Velocidade média pessimista = 4,00×0,98 (2%)= 3,92m/s

Tempo-base (maratona): 2.55.48

Expectativa alta: 2.54.04

Expectativa baixa: 2.59.24

O cálculo da velocidade média

Para calcularmos a velocidade média do deslocamento, isto é, o ritmo em que o corredor pretende competir, siga o modelo abaixo:

Tempo da prova 10 km = 38m40s

Transformar o tempo previsto em segundos: (60×38)+40=2.320s

Transformar 10 km em metros:

10×1.000=10.000 metros

Velocidade média:

10.000m/2.320s=4,31m/s

Se a distância fosse outra, o procedimento seria o mesmo.

Considerações finais

A metodologia aqui apresentada é uma forma de podermos determinar metas realistas e adotarmos condutas compatíveis com os nossos objetivos. Não pretendemos entrar no mérito das questões técnico-pedagógicas que cada profissional utiliza como recurso fundamental do seu trabalho quotidiano.

Cabe aos técnicos e atletas a procura por todos os recursos existentes para uma busca incansável pela excelência desportiva nacional.

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