Os Estados Unidos vão receber finalmente um Mundial de Atletismo, após 17 edições, este em Eugene adiado por um ano devido à pandemia.
Desde os JO de Atlanta em 1996 que o país não recebia uma grande competição mundial ao ar livre. Segundo a World Athletics, estarão presentes em Eugene mais de 1.900 atletas de 192 países, sem a Rússia e a Bielorrússia, suspensos devido à invasão da Ucrânia pelas tropas russas.
Entre os inscritos, sobressai o nome da norte-americana Allyson Félix que vai encerrar a sua carreira ao competir na estafeta mista dos 4×400 m. Será a sua última oportunidade para somar mais uma medalha às 18 que já conquistou em Mundiais.
Além das 11 medalhas olímpicas (7 de ouro), Allyson Felix, de 36 anos, conquistou a sua primeira medalha mundial nos 200 metros do Mundial de Helsínquia 2005, tinha ela então 19 anos. Foram 13 ouros, 3 pratas e dois bronzes. No total, mais quatro que o segundo atleta mais medalhado, o jamaicano Usain Bolt.
Felix é ainda a única mulher a ter conquistado três títulos mundiais consecutivos nos 200 m (Helsínquia 2005, Osaka 2007 e Berlim 2009).
Os 43 vencedores individuais do Mundial de Doha 2019 tiveram o reinado mais longo (três anos) desde que os Campeonatos começaram a ser realizados a cada dois anos, desde 1991 em Tóquio. Em Eugene, 37 deles irão defender os seus títulos.
Também em Eugene, estarão 42 atuais campeões olímpicos e grandes nomes do atletismo que ainda procuram a sua primeira medalha em Mundiais. É o caso do sueco Armand Duplantis na vara, do meio fundista norueguês Jakob Ingebrigtsen, da sprinter jamaicana Elaine Thompson-Herah e de dois norte-americanos, Ryan Crouser no peso e Sydney McLaughlin nos 400 m barreiras.
Nos 100 m com final no dia 16, estão 16 atletas inscritos com marcas neste ano abaixo dos 10 segundos. Na liderança, estão dois norte-americanos, Fred Kerley (9,76) e Trayvon Bromell (9,81).
Depois da suspensão por ter falhado os testes antidoping, Christian Coleman é o sétimo com 9,87. O jamaicano Yohan Blake, de 32 anos, é o terceiro da lista com 9,85. O italiano Marcell Jacobs sofreu vários contratempos físicos desde o início da época e só conseguiu correr a distância em 10,04.
Nos 200 m, os norte-americanos têm os três sprinters mais rápidos do ano: Erriyon Knighton (19,49), Noah Lyles (19,50) e Fred Kerley (19,76).
Já em femininos, as jamaicanas são as grandes favoritas. A atual campeã, Shelly-Ann Fraser-Pryce (10,60), Shericka Jackson (10,76) e Elaine Thompson-Herah (10,79) vão defrontar as norte-americanas Aleia Hobbs (10,81)), Melissa Jefferson (10,82) e Twanisha Terry (10,87).