Tal como em 2015 (e em apenas três outras ocasiões, num total de 11 campeonatos), Portugal regressou do Europeu de Sub’23 sem qualquer medalha (a última, de bronze, foi conseguida por Irina Rodrigues em 2013). Houve nada menos de 30 países medalhados, pelo que restaram poucos… No entanto, foram nada menos de quatro as posições de finalista (8 primeiros) conseguidas, o terceiro melhor total desde 2003. Portugal somou 14 pontos – e este é o indicador mais fiável – a sexta melhor pontuação nas 12 edições, mas bem acima dos escassos seis pontos de 2013 e 2015. Portugal foi 24º nesta pontuação, que abrangeu 34 países.
Vejamos o quadro seguinte:
ATLETAS, MEDALHAS, FINALISTAS E PONTOS
PORTUGUESES NOS EUROPEUS SUB-23
ANO LOCAL ATLETAS O P B FIN. PTS.
1997 Turku FIN 10 (7+3) 1 1 1 5 29
1999 Gotemburgo SUE 15 (9+6) 1 – – 6 26
2001 Amesterdão HOL 16 (6+10) – – – 5 17
2003 Bydgoszcz POL 11 (7+4) – 1 – 3 13
2005 Erfurt ALE 4 (1+3) – – 1 2 11
2007 Debrecen HUN 19 (11+8) – 1 1 5 22
2009 Kaunas LIT 15 (11+5) – – – 3 6
2011 Ostrava CHE 19 (9+10) – 1 1 6 27
2013 Tampere FIN 22 (13+9) – – 1 1 6
2015 Tallinn EST 30 (18+12) – – – 3 6
2017 Bydgoszcz POL 28 (14+14) – – – 4 14
Evelise Veiga, 5ª no comprimento (e no pódio até ao ensaio final) e 12ª no triplo, foi a melhor portuguesa, mas há ainda a salientar os sextos lugares de Miguel Marques (comprimento) e Olímpia Barbosa (100 m barreiras) e o quinto da seleção de 4×100 m. André Pereira, 8º nos 3000 m obstáculos mas depois desclassificado, teria sido o quinto português em posição de finalista.
Muito positivo, ainda, o facto de sete atletas terem melhorado os seus recordes pessoais: para além de Evelise Veiga (triplo) e Olímpia Barbosa, conseguiram-no os marchadores Miguel Rodrigues e Hélder Santos, a fundista Rute Simões (10000 m), a discóbula Ophélie Oliveira e ainda o velocista José Lopes nos 100 m (recorde igualado). André Pereira ficou sem o seu recorde pessoal, que certamente melhorará em próxima ocasião.
Naturalmente que na maioria das presenças (17 em 30), os atletas nacionais ficaram na segunda metade da classificação. Mas esse era um dado adquirido face ao elevado número de atletas que se deslocaram (mesmo assim menos dois que há dois anos). Embora defendamos que apenas num caso ou outro a presença não se justificava, face aos mínimos internacionais demasiado fracos de uma ou outra prova.
Quatro recordes dos campeonatos
A turca Yasemin Can, vencedora folgada dos 5000 m (15.01,67) e 10000 m (31.39,80), e o polaco Konrad Bukowiecki, que brilhou no peso (21,44 e 21,59), foram as grandes figuras do campeonato, a que se poderá juntar o eslovaco Jan Volko, campeão de 200 m (20,33), depois de ter sido segundo nos 100 m. Foram deles os quatro recordes dos campeonatos, no caso do lançador batido duas vezes.