A atleta etíope Kuftu Tahir, que em 2018 venceu a Maratona de Lisboa, foi suspensa por 18 meses após ter acusado morfina num teste antidoping realizado em 11 de Abril.
A atleta tinha então participado na Maratona de Xiamen & Tuscany Camp, prova limitada aos atletas de elite realizada no aeroporto de Siena, Itália. Tahir foi oitava com 2h25m21s.
No seu processo de defesa, Tahir, de 26 anos, explicou que na noite anterior à prova, ela tomou o que ela pensava ser paracetamol, porque estava com cólicas menstruais graves.
A morfina é uma substância proibida no código antidoping na categoria de narcóticos e o seu uso intencional acarreta normalmente uma sanção de quatro anos. Mas a Unidade de Integridade do Atletismo Mundial acreditou no testemunho da atleta e nas evidências e reduziu a sanção para ano e meio, acreditando que não houve intenção e aceitando como atenuante, a falta de educação antidoping da atleta, a sua pouca experiência de alto nível e o seu pouco conhecimento de inglês que a teriam impedido de entender a embalagem completa do medicamento.
Kuftu Tahir não poderá competir até 19 de Novembro de 2022, mas não perde mais resultados para além daquela maratona, pois ela não tem competido desde então. Na sua carreira desde 2016, ela completou nove maratonas, tendo vencido em Lisboa em 2018 e Barcelona em 2019. O seu recorde pessoal é de 2h23m14s, alcançado há dois anos em Ljubljana.