Dia 31 de Dezembro é sinónimo de S. Silvestres um pouco por todo o lado. Mas com a pandemia, a regra foi ontem quebrada e raras, foram as provas disputadas. Madrid foi uma das cidades que teve a sua S. Silvestre, ainda que naturalmente com regras adequadas à situação sanitária e limitada a um número restrito de participantes.
Participaram na prova apenas 400 atletas, sendo 250 do sexo masculino. O critério definido foram os mínimos de participação, 34 minutos para eles e 40 para elas.
Também o percurso foi alterado de forma radical. Em vez da partida ser dada nas imediações do Estádio do Real Madrid, foi escolhido um circuito de 2,5 km nas imediações de Vallecas (local habitual da meta), sem o calor do público que carateriza a prova.
Os participantes tiveram que fazer um teste, horas antes da prova, ao recolher o dorsal. Ao colocarem-se na partida, tiveram que estar separados e com as máscaras.
Com um elevado nível de participantes, sinal de muito dinheiro envolvido, a vitória sorriu a Daniel Ebenyo, campeão do Quénia dos 5.000 m, com 27m42s, seguido do italiano Faniel Ghebrehiwet a 26 segundos e do queniano Paul Chelimo, medalha de prata nos 5.000 m dos JO do Rio 2016, a 32 segundos.
O conhecido jogador de futebol David Villa, maior goleador da seleção espanhola (59 golos) também participou na prova, tendo terminado em 38m00s.
Uma hora antes, disputou-se a prova feminina, pela primeira vez separada dos homens. A etíope Yalemzerf Densa, de 21 anos, dona da segunda melhor marca mundial da meia maratona (1h04m46s), impôs-se em 31m17s, deixando a queniana Ruth Chepngetich a 33 segundos e a francesa Alessia Zarbo a já 1m43s.