Como divulgámos ontem, a World Athletics publicou os mínimos de acesso ao Mundial de Budapeste que se disputa entre 19 e 27 de agosto do próximo ano.
O período de qualificação para a maratona e os 35 km marcha abriu em 1 de dezembro de 2021 e termina em 30 de maio de 2023. Para os 20 km marcha e os eventos combinados, a janela vai de 31 de janeiro de 2022 a 30 de julho de 2023. Para todas as outras disciplinas, o período de qualificação vai de 31 de julho de 2022 a 30 de julho de 2023.
Com a maioria dos eventos de pista a verem dificultado o seu acesso, começaram já as reações contra a World Athletics, com muitos atletas e treinadores a dizerem que será uma tarefa difícil alcançar os mínimos.
O treinador queniano Julius Kirwa, o campeão dos 100 m dos Jogos da Commonwealth, Ferdinand Omanyala, e o medalhado de bronze no dardo dos Jogos da Commonwealth, Julius Yego, já se manifestaram contra os mínimos agora fixados.
“Por exemplo, os 51,00 s dos 400 metros femininos serão alcançados por um punhado de atletas. A África será a mais atingida”, disse Kirwa, acrescentando que as mulheres serão as mais afetadas.
Kirwa observou que apenas 34 mulheres alcançaram esse tempo neste ano, incluindo uma africana, Mary Moraa, com 50,84 s em junho, o que está fora do período de qualificação.
“Não conheço a lógica dos tempos e distâncias estabelecidos, mas eles terão que reconsiderá-los”, explicou Kirwa, ressaltando que apenas Edward Zakayo cumpre os mínimos exigidos nos 10.000 m de 27.10,00.
“Nenhum atleta conseguiu esse tempo, nem no Campeonato Mundial de Atletismo em Oregon”, disse Kirwa. “Isso simplesmente desencorajará muitos atletas e isso não faz crescer a modalidade. Vai continuar a empurrar muitos para as provas de estrada”.
Também Omanyala se manifestou: “Este ano, temos apenas 25 com menos de 10 segundos e 11 são americanos. Isso significa que o resto do mundo tem que trabalhar”, disse Omanyala, que espera atingir os mínimos estabelecidos nas próximas provas.
“Isso significa que a Federação queniana precisa de realizar mais provas eletrónicas para que os nossos atletas tenham hipótese de se classificar”, explicou Omanyala.
O dardista Yego explicou: “A África será a mais desfavorecida porque poucos atletas têm a hipótese de competir em muitos eventos.”
De acordo com o site da WA o Edward Zakayo tem 27:35.07 aos 10.000m
Pois, a sua informação que agradeço, contradiz a do treinador do atleta.Números são números e o site da WA não deve estar errado.