Gwen Berry, de 30 anos, sancionada pelo Comité Olímpico dos Estados Unidos no ano passado por ter erguido o punho contra a injustiça racial, exigiu um pedido de desculpas da mesma instância que denunciou as violências policiais raciais após a morte de George Floyd.
Gwen Berry não gostou da carta dirigida aos atletas do seu país pela diretora geral do seu Comité Olímpico, Sarah Hirshland, que confiou sentir “um sentimento de desespero” ao ver a cena trágica do polícia branco apoiando o seu joelho sobre o pescoço de George Floyd, há oito dias em Minneapolis. “Quero um pedido de desculpas…enviado pelo correio…tal como aquelas que vocês e o Comité Olímpico Internacional, me enviaram quando me impuseram um período probatório. Parem de brincar comigo”, escreveu no Twitter a lançadora do martelo.
Berry foi sancionada em Agosto do ano passado por ter erguido o punho durante uma cerimónia de entrega das medalhas nos Jogos Panamericanos de Lima, como forma de protestar contra a injustiça racial.
Suspensa da competição por dez meses, com o risco de ter uma sanção anda mais severa se repetir o mesmo ato, Berry disse à Sports Illustrated que tal decisão custou-lhe cerca de 50 mil dólares dos sponsors mas que se sentia finalmente “compreendida”.