A britânica Paula Radcliffe, ex-recordista mundial da maratona com 2h15m25s em Londres de 2003, esteve na Quénia e pronunciou-se sobre um novo recorde mundial na distância.
Na sua opinião, é apenas uma questão de tempo até que o recorde mundial feminino seja novamente batido, com atletas a correrem em menos de 2h14m.
Ela disse ainda que a evolução tecnológica dos sapatos e do treino geral onde a tecnologia foi adotada, farão com que principalmente as atletas quenianas ou etíopes melhorem o recorde mundial.
No entanto, demorou 16 anos até que a queniana Brigid Kosgey batesse o recorde mundial de Radcliffe, ao vencer a Maratona de Chicago 2019 em 2h14m04s.
“É bem possível que o recorde volte a melhorar nos próximos um ou dois anos, quando vimos como lutadoras como estão a correr Brigid e Peres Jepchirchir”, disse Radclife, acrescentando que o recente desempenho da recordista mundial da meia maratona, a etíope Letesenbet Gidey, é evidência suficiente.
Gidey detém os recordes mundiais da meia maratona e dos 10.000 m com 1h02m52s e 29.01,03, ambos obtidos este ano em Valência e Hengelo, na Holanda, respetivamente.
“Quando se pensa sobre o potencial que Sifan Hassan da Holanda tem quando decidir subir na maratona, o recorde vai cair, mas é sempre incerto até que corra uma”, disse Radcliffe.
Sobre a nova tecnologia nos sapatos de corrida, a britânica disse: “Os ténis mudaram um pouco o jogo, deixando os atletas confortáveis e menos sujeitos a lesões. Isso é um sinal de que os sapatos são boas inovações, embora haja um debate se eles são justos ou não.”
Radcliffe disse que a tecnologia é boa, pois dará aos atletas a oportunidade de continuarem a aperfeiçoar-se, já que os seus corpos estão bem protegidos das superfícies duras, mas precisam de ser controlados.