Pela quarta vez em Eugene, depois de 2021 (Seletivas) e 2022 (Seletivas e Mundiais), Sydney McLaughlin-Levrone, de 24 anos, bateu no domingo, o recorde mundial dos 400 m barreiras com 50,65, melhorando em três centésimos o anterior que também lhe pertencia.
A campeã olímpica de 2021 abriu uma vantagem impressionante sobre as suas perseguidoras, Anna Cockrell com 52,64 e Jasmine Jones com 52,77.
A atleta treinada por Bob Kersee fecha assim estas seletivas da melhor forma, com o único recorde mundial da competição. A neerlandesa Femke Bol, campeã mundial em 2023 nos 400 m barreiras na ausência da norte-americana devido a lesão no joelho, terá uma tarefa muito difícil para evitar que Levrone conquiste o segundo título olímpico em Paris.
Melhores marcas mundiais do ano para Masai Russell e Rai Benjamin
A outra grande atuação do dia veio de Masai Russell, de 24 anos, que venceu os 100 m barreiras em 12,25 (+0,7 m/s). Este é o melhor desempenho mundial do ano e o quarto mais rápido de sempre. O seu recorde pessoal anterior era de 12,36. Depois de Russell, ficaram Alaysha Johnson e Grace Stark, ambas com 12,31. A melhor marca mundial do ano pertencia a Cyréna Samba-Mayela em 12,31.
Num sinal de grande qualidade, seis finalistas correram em menos de 12,40, o que é inédito. Nia Ali, quarta em 12,37, vice-campeã olímpica no Rio em 2016 e campeã mundial em 2019, assim como Kendra Harrison, quinta em 12,39, vice-campeã olímpica em Tóquio, ficam assim fora dos JO de Paris.
Ainda nos 400 m barreiras, vitória fácil para o vice-campeão olímpico Rai Benjamin em 46,46, nova melhor marca mundial do ano, muito à frente de CJ Allen em 47,81 e Trevor Bassitt em 47,82. A melhor marca mundial do ano pertencia ao brasileiro Alison dos Santos com 46,63, alcançado em Oslo no dia 30 de maio.
Hobbs Kessler e Grant Fischer em duas provas nos JO de Paris
Os 800 m foram vencidos por Bryce Hoppel com o excelente tempo de 1.42,77, recorde pessoal e quarto melhor desempenho mundial do ano. Nos lugares imediatos, ficaram Hobbs Kessler em 1.43,64 (recorde pessoal), já classificado para Paris nos 1.500 m, e Brandon Miller em 1.43,97.
Nos 5.000 m, vitória de Grant Fisher em 13.08,85 à frente de Abdihamid Nur em 13.09,01 e Parker Wolfe em 13.10,75. Fischer também tinha vencido os 10.000 m.
Nos 1.500 m femininos, Nikki Hiltz cortou quase quatro segundos ao seu recorde pessoal para vencer em 3.55,33, à frente de Emily McKay com 3.55,90 e Elle St. Pierre com 3.55,99.
Christian Taylor (triplo salto) ou Sandi Morris (vara) sem JO de Tóquio
No triplo salto, vitória de Salif Mane com 17,28 m (-0,2 m/s) à frente de Russell Robinson em 17,01 m e Donald Scott em 16,87 m. Christian Taylor, apenas décimo com 16,32 m, não estará em Paris. Aos 34 anos, o bicampeão olímpico e tetra campeão mundial, vítima de rutura do tendão de Aquiles em 2021, nunca mais recuperou o nível anterior à lesão.
No salto com vara feminino, grande surpresa com o quarto lugar da vice-campeã olímpica Sandi Morris (4,68 m). Ela vai falhar Paris, deixando os três lugares para Bridget Williams, a campeã olímpica e bicampeã mundial Katie Moon e, finalmente, Brynn King, todas com 4,73 m.
No salto em altura masculino, vitória de Shelby McEwen em 2,30 m, à frente de Caleb Snowden com 2,27 e Tyus Wilson com 2,24 m. Também com 2,27 m, JuVaughn Harrison teve que se contentar com o quarto lugar.
No lançamento do martelo, vitória de Daniel Haugh com 79,51 m, à frente de Rudy Winkler com 78,89 m e Justin Stafford com 77,07 m.
No lançamento do dardo, venceu Maggie Malone Hardin com 64,58 m à frente de Kara Winger com 62,94 m e Madison Wiltrout com 61,17 m.