A queniana Ruth Chepngetich, recordista mundial da maratona com 2h09m56s em 13 de outubro de 2024 em Chicago, foi suspensa provisoriamente por um teste positivo para hidroclorotiazida (HCTZ) realizado em 14 de março, de acordo com um comunicado de imprensa da AIU.
Este diurético, classificado na categoria S5 (diuréticos e agentes mascarantes) da lista de substâncias proibidas do código mundial antidoping, está sujeito a uma suspensão de dois anos.
No seu comunicado à imprensa, a AIU refere que a atleta foi entrevistada em abril para explicar o resultado positivo do teste. Após essa entrevista, foi a atleta que solicitou uma suspensão provisória, já que o Código Mundial Antidoping não exige suspensão provisória para o uso de diuréticos. Mas nos meses seguintes, a AIU continuou a sua investigação e acabou por ser ela própria a emitir uma notificação de acusação e a suspensão da atleta.
Ruth Chepngetich poderá agora defender-se perante um tribunal disciplinar, mas o caso vai levantar certamente muita celeuma no seio da modalidade. O seu desempenho na maratona levantou muitas questões, já que, aos 29 anos (agora com 30), Chepngetich havia melhorado o seu recorde pessoal em mais de quatro minutos, estabelecendo um recorde mundial impressionante (de 2h14m18s em 2022, para 2h09m56s). Desde então, a atleta passou a ser alvo de duras críticas da AIU, e foi com um teste positivo para um diurético que o caso foi resolvido.
Atualmente, mais de 130 quenianos estão suspensos pela AIU, incluindo Rhonex Kipruto, recordista mundial dos 10 km (26m24s em 2020), que cumpre atualmente uma suspensão de seis anos por irregularidades no seu passaporte biológico.