A russa Anna Chicherova, que perdeu uma medalha de bronze olímpica em Pequim 2008 e de prata mundial em 2009 por ter acusado doping, planeava retirar-se da alta competição no final de 2020.
Mas a campeã mundial de 38 anos em 2011, participou já no início deste mês num meeting em Yekaterinburg e sugeriu que pensa entrar em mais competições ainda este ano.
“A última época de verão, prejudicada devido à pandemia, foi a principal razão pela qual tomei a decisão de permanecer na modalidade”, disse Chicherova à agência de notícias estatal russa TASS.
“Vamos ver como vão as coisas, porque a situação com o coronavírus ainda não mudou. É muito bom que, apesar da pandemia, meetings como em Yekaterinburg, Chelyabinsk e Moscovo se realizem e tenhamos a oportunidade participar por agora.” A última aparição de Chicherova foi no ano passado, quando ela foi segunda no Campeonato do Salto em Altura de Moscovo.
Ela tinha ficado desiludida em 2019, quando a World Athletics recusou o seu pedido de atleta neutra. Chicherova tinha-se candidatado para fazer parte da equipa de atletas neutros autorizados (ANA), criada para permitir que alguns atletas russos pudessem competir após a suspensão da Federação Russa de Atletismo.
A atleta russa foi apanhada dopada nos JO de Pequim 2008 em testes realizados pelo Comité Olímpico Internacional e perdeu o recurso interposto contra a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto.
Ela anunciou então que pensava retirar-se em 2009, mas voltou em 2011, ganhando a medalha de ouro no salto em altura no Campeonato Mundial daquele ano, em Daegu.
Chicherova então ganhou o título olímpico em Londres 2012 antes de ganhar o bronze nos Campeonatos Mundiais de 2013 e 2015.