A mini-primeira jornada do Mundial de pista coberta, em Birmingham, ficou marcada por dois títulos confirmados – a russa Mariya Lasitskene na altura e a etíope Genzebe Dibaba nos 3000 m – e por uma surpresa – o triunfo de outro russo, Danil Lysenko, na altura.
Lysenko, de apenas 20 anos mas já vice-campeão mundial de ar livre em Londres’2017, derrotou o favorito Mataz Essa Barshim, desforrando-se dessa derrota de Londres. Ambos “limparam” todas as alturas até 2,33, inclusive, mas enquanto Lysenko passou 2,36 à terceira tentativa, sagrando-se campeão e já nem tentando outras alturas, Barshim falhou os três ensaios decisivos. Depois, bastaram 2,29 para o alemão Mateusz Przybylko subir ao terceiro lugar do pódio.
Na prova feminina, também Lasitskene foi a única a brilhar, passando 2,01 (já então com a vitória garantida a 1,96) e tentando depois, sem êxito, os 2,07 que igualariam a segunda marca mundial de sempre em pista coberta. Renovou o título de 2016, a que junta os Mundiais de ar livre de 2015 e 2017. A segunda classificada passou “apenas” 1,96.
Muito disputada a corrida de 3000 metros, que Dibaba ganhou sem surpresa mas com apenas 73 centésimos a separarem as três atletas do pódio. Foi o seu terceiro título de 3000 m em pista coberta (a que junta dois de 1500 m!). Gastou 8.45,05, contra 8.45,68 da holandesa Sifan Hassan, campeã mundial de 1500 m em 2016, e 8.45,78 da britânica Laura Muir, campeã europeia de 1500 e 3000 m em 2017. Quem desiludiu foi a queniana Hellen Obiri, campeã mundial em 2012 e vice-campeã em 2014, agora distante quarta (8.49,66).
Quatro finais e as portuguesas
O 2º dia (sexta-feira) ficará marcado por mais quatro finais: a primeira jornada do heptatlo e ainda pentatlo, comprimento (masc.) e peso (fem.). Lecabela Quaresma será uma das 12 pentatlonistas, abrindo a prova às 10 horas. Também amanhã, atuarão Lorène Bazolo, que correrá na pista 1 da 3ª das seis séries de 60 metros (47 atletas ao todo), apurando-se 24 para as meias-finais da tarde (três primeiras de cada série mais seis por tempos), e Cátia Azevedo, também na pista 1 da 6ª e última série de 400 m (34 atletas), apurando-se 18 para as meias-finais (duas primeiras e mais seis). Bazolo tem o sexto tempo desta época entre as oito atletas da sua série; Cátia tem o quinto entre seis. Tarefas difíceis mas com outros objetivos: o recorde nacional (7,25 de Lucrécia Jardim) para Bazolo, que tem 7,27 como melhor; recorde pessoal para Cátia (53,13).