Não constitui novidade para ninguém, os benefícios da prática da corrida. O que poucos sabem é que correr, ajuda a mantê-lo mais jovem durante um maior período de tempo.
A prática da modalidade ajuda o organismo a envelhecer de uma forma saudável. Um estudo da Universidade de Deakin, na Austrália, acaba de comprovar que a prática regular da corrida pode diminuir a velocidade com que a medula óssea se transforma em tecido adiposo (de gordura), à medida que envelhecemos.
Os seres humanos nascem com a medula óssea produzindo, predominantemente, células sanguíneas. No entanto, com a idade, ela converte-se em uma medula gorda ‘amarela.
Tal, pode afetar negativamente o metabolismo do sangue e osso em áreas como a pélvis, vértebras, coxas e quadris e contribuir com outros problemas crónicos, como a diabetes e a osteoporose.
No geral, podemos pensar no tecido da medula como um tipo de órgão regulador, que interfere com o que acontece em todo o seu corpo. Como esse tecido de medula fica mais gordo, deterioram-se esses processos de regulação.
Publicada no Journal of Bone and Mineral Research, a pesquisa analisou o tecido adiposo da medula espinhal de quatro grupos com cerca de 25 pessoas, à volta de 30 anos.
Descobriu-se que a distância percorrida na corrida reduz os níveis do tecido adiposo da medula. Cada cerca de 10 km percorridos, significa um ano a menos de vida desse tecido.
Foram analisados corredores com média de 20 a 40 km percorridos, corredores com uma média de 49/50 km, ciclistas com uma média de 145 km por semana, e pessoas sedentárias.
Os dois grupos de corredores apresentaram os menores níveis do tecido. E embora os ciclistas sejam altamente ativos, eles tinham o nível de gordura na medula semelhantes ao dos sedentários.
Isso acontece porque os corredores sofrem ciclos repetidos de maior carga, na região da espinha dorsal do que os ciclistas. Além disso, possuem maior densidade óssea vertebral.
As descobertas desta pesquisa sugerem que podemos obter uma medula óssea mais jovem com pequenas doses de corrida. As descobertas foram as primeiras a mostrar que a corrida pode manter a medula óssea jovem.
Também o tecido da medula dos corredores mais ativos (49 ou mais km por semana) era oito anos “mais jovem” do que o dos sedentários.
O que poucos sabem é que a corrida pode interferir no funcionamento da medula óssea, evitando problemas como diabetes e osteoporose. Este facto não se deve ao facto de os corredores serem, em geral, mais magros que os sedentários.
A gordura da medula é governada por regras diferentes dos stocks de gordura sob a pele. Não se trata apenas de queimar calorias.