Sebastian Coe advertiu os traficantes de drogas que irão estar ativos em Tóquio, que correm um risco maior de serem apanhados do que em quaisquer Jogos Olímpicos anteriores.
O presidente da World Athletics pronunciou-se após a suspensão de dois anos do campeão mundial dos 100 metros, Christian Coleman, por violar as regras antidoping do “paradeiro”.
O norte-americano recorreu ao Tribunal Arbitral do Desporto (TAS), mas Coe afirmou que o caso envia uma mensagem clara a todos, de que nenhum atleta é “grande demais” para não ser levado à justiça.
“Gosto de pensar que mostramos aos atletas que aqui, não respeitamos nem temos medo da reputação”, disse ele. “Onde há uma infração, não temos medo de ficar sentados dizendo ‘ah, esse é um nome muito grande’”.
Acerca da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), Coe afirmou: “Espero que a AIU tenha restaurado alguma confiança, em como temos uma organização que irá eliminar de forma destemida e implacável, as fraudes quando e onde elas surgirem.”
Questionado se isso significa se será mais difícil do que nunca para os atletas fazerem batota em Tóquio, Coe afirmou: “Estou muito empenhado em fazer previsões a prazo. O que posso dizer é que, se os atletas o fizerem, há uma hipótese maior de serem apanhados do que provavelmente, em quaisquer Jogos anteriores.
Na sua opinião, o atletismo está mais bem preparado no combate ao doping do que qualquer outra Federação. “E estou orgulhoso de poder dizer isso. Acontece que somos a maior modalidade e estamos a fazer mais testes do que, francamente, qualquer outra modalidade, através de uma Unidade de Integridade independente.”
Coe insistiu ainda que o sistema de localização, que exige que os atletas comuniquem onde se encontram, é o caminho a seguir para o desporto.
“Estou satisfeito que a maioria dos atletas sinta que o sistema funciona”, disse ele, criticando aqueles que dizem que a tecnologia é muito complicada quando estão “atualizando as páginas do Instagram a todo o momento”.
“É claro, não é ambíguo, não é uma lei marítima misteriosa e a grande maioria, entende absolutamente a importância disso. Esta não é a primeira geração que aprendeu a lidar com o paradeiro”