O presidente da World Athletics, Sebastian Coe, disse que ofereceu a sua ajuda na noite em que Krystsina Tsimanouskaya foi expulsa dos Jogos Olímpicos por dirigentes da equipa bielorrussa e que o órgão dirigente irá analisar as implicações da situação verificada.
Tsimanouskaya foi obrigada a regressar ao seu país depois de ter criticado os seus dirigentes em Tóquio, na sequência de ela se ter recusado a participar na estafeta mista 4×400 m. Mas após uma chamada telefónica da sua avó, ela recusou-se já no aeroporto de Tóquio a regressar. Procurou proteção da polícia japonesa e conseguiu um visto humanitário da Polónia, país onde já se encontra refugiada.
Um técnico e um oficial bielorrusso foram depois expulsos dos Jogos pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e o seu presidente Thomas Bach considerou o caso de Tsimanouskaya como “deplorável”.
Coe disse depois numa conferência de imprensa: “Na noite em que a história apareceu, falei com a Federação da Bielorrússia e a abertura foi muito clara e foi ‘havia algo que eu pudesse fazer para ajudar?'”.
“Eu precisava de perceber um pouco mais sobre o que estava a acontecer. Acho que as três partes constituintes estavam a tentar perceber – a Federação estava e acho que o Comité Olímpico Internacional estava a tentar perceber através do Comité Olímpico Nacional. Falei então com a Federação e posteriormente, ainda estava a tentar juntar as peças”.
Tsimanouskaya, de 24 anos, disse que não se sentia segura em regressar à Bielorrússia, que está debaixo de sanções ocidentais, devido à política de repressão seguida pelo Governo para com a oposição política.
“Aqui, o bem-estar da atleta era claramente da responsabilidade do Comité Olímpico Internacional”, disse Coe. “Mas a implicação é mais ampla, porque ela é da família da World Athletics, é algo que precisamos de olhar e vamos fazê-lo.”
Em Junho, a World Athletics retirou à Bielorrússia a organização do Mundial de Marcha de 2022 em Minsk, devido à incerteza sobre as relações diplomáticas na Bielorrússia e as restrições de viagens em curso.