Como é sabido, a sul-africana Caster Semenya, de 27 anos, dupla campeã olímpica e tri campeã mundial, tem hiperandroginismo, produzindo quantidades de testosterona superiores ao normal para uma mulher. A IAAF decidiu há duas semanas que a partir de 1 de Novembro, as atletas com uma produção superior a 5 nanomoles por litro de testosterona, não poderão competir em provas que vão dos 400 metros à milha.
A IAAF baseou-se nesta decisão afirmando que é nestas provas que se consegue uma maior vantagem com altos níveis de testosterona. No entanto, alguns estudos apontam que na velocidade, lançamento do martelo e salto com vara, a testosterona seria mais determinante.
Semenya já respondeu nas suas redes sociais a esta nova norma. Ela deixou claro que não pensa medicar-se porque o considera vexatório e admite passar a correr os 5.000 metros.
“Deus fez-me assim e me aceito. Sou como sou e estou orgulhosa de mim mesma… posso não ser perfeita mas sempre sou eu!”
Enquanto dura a polémica, ela reapareceu em Doha, primeiro meeting da Liga Dourada, e ganhou os 1.500 metros em 3.59,92, recorde pessoal, recorde da África do Sul e melhor marca do meeting.
Até 1 de Novembro, poderá competir nos 800 e 1.500 metros e é provável que tenha uma batalha legal contra a IAAF para que esta recue na sua decisão.