Caster Semenya, bicampeã olímpica dos 800 m, vai recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos da decisão da World Athletics que a impede de correr provas entre os 400 metros e a milha, se não reduzir os seus níveis de testosterona. A decisão foi comunicada ontem pelo seu advogado.
Para cumprir a decisão da World Athletics, Semenya devia tomar medicamentos ou fazer uma intervenção cirúrgica.
A atleta sul-africana já tinha prometido lutar contra tal decisão, mesmo depois de ter perdido um recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto e outro para o Tribunal Federal Suíço.
“Levaremos a World Athletics ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos”, disse o advogado de Semenya, Greg Nott, num comunicado de imprensa, sem fixar um prazo para o seu recurso.
“Temos a esperança de que a World Athletics veja o erro que cometeu e reverta as regras proibitivas que restringem a participação da senhora Semenya”, acrescentou.
A Federação sul-africana insiste em que Semenya continua a fazer parte da sua equipa para os JO de Tóquio, embora espere por ver em que distância. A atleta também tem participado em provas de 200 metros, que estão fora do novo regulamento da World Athletics de atletas com elevados níveis de testosterona.