Antes deste ano, tinham sido batidos apenas oito recordes mundiais no circuito da Liga Diamante. Nenhum atleta tinha conseguido bater recordes mundiais em mais do que uma disciplina, nunca tinha havido mais de dois recordes mundiais numa única época e nunca houve certamente, mais do que um numa única noite. Mas em 2023, tudo foi diferente. Um total de sete recordes mundiais caíram em cinco meetings diferentes durante a época.
Eis um resumo de cada recorde mundial batido no circuito deste ano.
Faith Kipyegon nos 1.500 m
Faith Kipyegon deu início aos recordes no terceiro meeting da época, no dia 2 de junho. Há vários anos que ela ameaçava o recorde mundial dos 1.500 m, pelo que não foi nenhuma surpresa quando ela finalmente o bateu no Pietro Mennea Golden Gala. “Corri como uma louca”, brincou ela depois de conseguir 3.49,11 para bater a anterior marca da etíope Genzebe Dibaba, estabelecida no Mónaco em 2015.
Novamente Faith Kipyegon
Se o recorde dos 1.500 m já vinha a ser ameaçado há algum tempo, poucos esperavam que Kipyegon batesse o dos 5.000 m em Paris dias depois. A queniana disse antes da prova que se sentia cansada e ficou espantada quando cortou a meta em 14.05,20 para bater um segundo recorde mundial no espaço de uma semana.
Lamecha Girma surpreende nos 3.000 m obstáculos
O recorde de Kipyegon não foi o único destaque em Paris, que ficará para a história como o primeiro meeting da Liga Diamante a ver dois recordes mundiais numa única noite. Muitos esperavam que fosse o campeão olímpico e mundial a bater o recorde dos 3.000 m obstáculos de Saif Saaeed Shaheen. Mas afinal, foi o etíope Lamecha Girma quem o bateu com 7.52,11 na capital francesa.
Faith Kipyegon completa hat-trick
Quando Kipyegon chegou ao Mónaco em julho, parecia quase inevitável que ela estabelecesse outro recorde mundial na milha. Ela terminou em 4.07,64, tirando mais de quatro segundos ao anterior recorde de Sifan Hassan na mesma pista, quatro anos antes. Depois de já ter sido a primeiro atleta a bater dois recordes mundiais numa única época, a queniana contava com três.
Jakob Ingebrigtsen bate recorde nos 2.000 m
Derrotado na final dos 1.500 m do Mundial de Budapeste, Jakob Ingebrigtsen veio a Bruxelas decidido a fazer história. Na prova dos 2.000 m, ele correu em 4.43,13. Foi o seu primeiro recorde mundial ao ar livre e uma resposta à deceção em Budapeste.
Gudaf Tsegay supera Kipyegon nos 5.000 m
Se não é nada fácil bater um recorde mundial, que dizer da etíope Gudaf Tsegay que em Eugene, estabeleceu um novo recorde mundial nos 5.000 m batido três meses antes por Faith Kipyegon, com um sensacional 14.00,21, tornando-se a primeira mulher a ameaçar seriamente a barreira dos 14 minutos.
E vão sete recordes mundiais na vara por Armand Duplantis
Armand Duplantis, já havia batido o recorde mundial por seis vezes na sua curta carreira. Chegar aos 6,23 m parecia uma questão de tempo, esteve muito perto dessa marca nos meetings de Zurique e Bruxelas. Até que em Eugene alcançou o sétimo recorde mundial e logo à primeira tentativa.