A vice-campeã mundial dos 400 m, a bahamiana Shaunae Miller-Uibo não gostou de ver a forma como a barenita Salwa Eid Naser se livrou de uma suspensão, apesar das quatro faltas à sua obrigação de localização.
Shaunae Miller-Uibo perguntou à AIU e à World Athletics numa longa mensagem publicada no Instagram: “Não estou apenas preocupada pelo facto de ver uma atleta ter faltado quatro controlos e ser branqueada. Estou-o também pela Federação internacional e a Unidade de Integridade, responsáveis por proteger o nosso desporto… Porque é que nenhuma ação não foi realizada quando os regulamentos estipulam que em caso de três faltas às obrigações de localização em doze meses, pode ser pronunciada uma suspensão de um a dois anos? Porque é que uma suspensão provisória não foi falada? Porque foi um ano e dois meses depois?
Suspensa provisoriamente apenas em Junho de 2020, Naser pôde participar nos Mundiais de Doha 2019 apesar das suas três primeiras infrações datarem de Março e Abril 2019.
“Há outros casos onde os atletas foram suspensos provisoriamente em Agosto enquanto os seus testes falhados dataram para os finais de Abril”, acrescenta Miller-Uibo. “Digo que houve trapaça e penso que deve haver mais explicações da parte da World Arhletics e da AIU. Se faz favor, Presidente Sebastian Coe, penso que nós, atletas, merecemos uma resposta detalhada evocando todas as falhas deste procedimento”.
Por outro lado, o presidente polaco da Agência Mundial Antidoping, Witold Banka, afirmou estar preocupado pela decisão tomada acerca de Naser. “A AMA vai analisar o caso com cuidado e exercerá o seu direito de apelar (diante do TAS) se necessário”.