O russo Sergey Shubenkov, vice-campeão mundial nos 110 metros barreiras, considerou como uma “calúnia grosseira”, as acusações feitas pela imprensa local de que ele teria acusado o diurético furosemida.
“Todas as informações de que tomei furosemida e que foi detetada numa análise, são uma calúnia grosseira fabricada por uma ‘fonte’ anónima . Isso nunca aconteceu”, disse Shubenkov na sua conta no Instagram.
Shubenkov, que pretende competir como atleta neutro nos JO de Tóquio, disse que “ao longo da sua carreira, ele nunca utilizou substâncias proibidas”.
“Eu nunca trapaceei. A minha opinião sobre o doping, já expressei em mais de uma ocasião e isso não mudou”, disse ele.
Ele admitiu ter recebido uma declaração da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), embora se recusasse a revelar o seu conteúdo por razões “legais”. “Só posso dizer que não me foi imposta nenhuma restrição e treino normalmente “, disse ele.
Assim que saiu a notícia nesta quarta-feira do pressuposto positivo, o seu treinador também garantiu que “não corresponde à realidade”.
O canal de desporto Match TV tinha noticiado que Shubenkov, de 30 anos, havia testado positivo para furosemida, um diurético comumente usado para esconder o uso de substâncias proibidas.
Segundo o jornal “Sport Express“, a concentração detetada no corpo do atleta russo pela agência antidopagem russa RUSADA é mínima. “Sport Express” insiste que Shubenkov recebeu uma carta sobre uma possível violação da regra antidoping. O atleta, que já faltou aos Jogos do Rio de Janeiro por doping de estado, teria que aguardar o resultado da prova B.
Shubenkov, juntamente com duas campeãs mundiais, María Lasitskene na altura e Anzhélika Sídorova na vara, têm sido os porta-estandartes do atletismo limpo e os mais críticos da Federação Russa de Atletismo (FRA) pela sua conivência com o doping.