- Gerson Balde bateu o recorde nacional júnior da altura (2,14)
O Sporting sagrou-se em Pombal (folgado) campeão nacional de juniores nos setores masculino e feminino, quebrando séries de oito e três triunfos consecutivos do Benfica, respetivamente. O Sporting, que deixou os “encarnados” a 23 pontos na competição masculina (277-254) e 50,5 pontos na feminina (215,5-165), só haviam ganho o título masculino duas vezes (em 18 edições), em 1998 e 2000, e o feminino uma vez, em 2014. A Juventude Vidigalense fechou os pódios, com 70,5 e 103 pontos, respetivamente.
A grande figura do campeonato foi o sportinguista Gerson Baldé, que bateu o recorde nacional de juniores do salto em altura, com 2,14, mais um centímetro que Carlos Pereira em 2000. Baldé é uma grande revelação. Atleta da formação algarvia da AA Bela Vista em 2018, tinha como melhor 1,92 em pista coberta e 2,02 ao ar livre e já este ano progredira para 2,08. Nestes campeonatos, passou 2,08, 2,10 e 2,12 à segunda e 2,14 à terceira, tentando ainda 2,16 (seria a melhor marca nacional absoluta do ano), mas sem êxito. Muito bem, também, o benfiquista Gonçalo Veloso, que tinha 2,01 (ao ar livre) em 2018, ainda juvenil (em representação da AD Novas Luzes) e já vai em 2,10, subindo a quarto júnior de sempre, a seguir a Mário Aníbal (2,11).
Foi batido também o recorde nacional júnior feminino dos 4×400 m por uma equipa do Benfica que gastou 4.01,75, fruto do facto de a prova ter deixado de se realizar nos campeonatos de juniores (substituída pelos 4×200 m) em 2010. E, antes, apenas se realizaram campeonatos juniores até 2004 e em 2009. O anterior recorde pertencia desde 1996 a uma equipa do CA Madeira, com 4.03,04.
A equipa masculina do Sporting também conseguiu melhor que o recorde nacional mas a marca (3.21,09) não pode entrar na lista de recordes pois um dos componentes da equipa, Omar Elkhatib, é estrangeiro.
Destaque ainda, no setor masculino, para os 15,55 de Tiago Silva no peso/6kg (tem 16,10 como melhor) e para o despique nas barreiras, entre Edgar Campre (8,23) e Mamadu Jalo (8,28), e nos 3000 m, entre Etson Barros (8.31,30), Martim Monteiro (8.31,74) e Pedro Saldanha (8.32,52). Surpresa nos 800 m, prova na qual a série principal foi tão lenta que o seu vencedor, Nuno Pereira, fez o mesmo tempo (1.56,89) do vencedor de uma das séries secundárias, Jorge Pereira, que foi declarado campeão pois fez menos uns milésimos de segundo!
No setor feminino, sem grandes resultados, destaque para o equilíbrio no peso entre Margarida Ferreira (13,12) e Débora Quaresma (13,01). A brasileira Ana Carol Oliveira ganhou o salto com vara (3,45) mas a campeã foi Carla Rodrigues que, no entanto, se ficou pelos 3,10, não saltando mais pois, entretanto, teve que correr os 800 metros! Mariana Machado sagrou-se natural campeã de 3000 m, um dia depois de se sagrar campeã nacional de crosse curto.
Eis os vencedores e os campeões nacionais:
Masculinos:
800 m – Jorge Pereira SCP 1.56,89
3000 m – Etson Barros SLB 8.31,30
60 bar. – Edgar Campre SLB 8,23
Altura – Gerson Baldé SCP 2,14 (rec. nac. jun.)
Triplo – Nuno Sénica CAS 14,24
Peso/6 kg – Tiago Silva SCP 15,55
4×400 m – J. Vidigalense 3.32,54
Femininos:
800 m – Sofia Duarte JV 2.19,37
3000 m – Mariana Machado SCB 9.43,26
60 bar. – Fatoumata Balde SLB 8,58 (é GBS); campeã – Sara Moreira AJS 8,74
Vara – Ana Carol Oliveira SCP 3,45 (é BRA); campeã – Carla Rodrigues SCP 3,10
Triplo – Juliana Brites JV 12,29
Peso – Margarida Ferreira SLB 13,12
4×400 m – Benfica – 4.01,75
E o Etson ganhou também o corta-mato nacional do desporto escolar no dia anterior.